terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TRADIÇÃO E CORAÇÃO

Atenção torcida rubro-negra..  Larguei  o Sport e não me arrependo.. Sou alviverde, e daí ?  Como diz a canção “quem tem coração verde-branco tem que ser América, América do meu coração”...
O Sport não me deu tantas alegrias, quanto as que eu tive no casarão verde-branco da Estrada do Arraial. Foi naquela sede que brinquei os melhores carnavais da minha adolescência, que frequentei  minhas primeiras festas, que tomei minhas primeiras cuba-libres de rum bacardi com coca-cola e dancei com garotas muito legais que conheci por lá.
Aliás, o Sport rendeu-me ultimamente alguns momentos de raiva. Não entendo porque um clube se vende recorrentemente a uma organização que explora a boa-fé dos torcedores e em nome de um número cabalístico, 13, no caso, passa a manipular resultados, a contratar entre si jogadores e técnicos que mudam de camisa feito quem muda de chinelo de dedo.  Camisa de esportista requer, no meu modo de pensar,  amor às cores do Clube, e não ao contracheque do fim do mês.  Será que o zagueirão Bria, da era de ouro do Sport, será que o goleiro Carijó, e todos os grandes mitos daquela época em que se honrava a camisa do clube,estariam satisfeitos em ver o que acontece hoje no chamado futebol profissional?  Acho que não.. Convivi por muitos anos com o Bria, aquele becão baiano que –rezava a lenda- jogava com uma telha amarrada na canela.  Bria morreu pobre, foi contínuo da repartição pública onde trabalhei por mais de 20 anos.  Para completar a renda, nas horas vagas, vendia empadas preparadas pela sua esposa.  Eu fui um dos seus clientes e quando ele aparecia na minha sala oferecendo as empadinhas, sempre arranjávamos uns minutos pra bater um papo sobre os tempos heroicos do Sport. 
Por outro lado, meu pai Frederico Monteiro, foi Diretor do América Futebol Clube do Recife, na gestão de Nahum Domingues Aro, em 1963, mesmo sendo tradicionalmente  rubro-negro.  E foi com ele que passei a frequentar, ainda adolescente, a sede do América..  E foi dele, já velhinho de 90 anos, que ganhei um broche de lapela da Diretoria, que ele conservou,  guardado no seu cofre, como um tesouro, durante esse últimos 48 anos.
Guardo esse escudo como um tesouro, também.  E sei bem do quanto meu velho gostou do América. Com isso tudo, acho que vocês já entenderam o que eu quero dizer.  Há coisas que estão na rotina e na tradição.   E,  dizem os caretas que mudar de time é “virar casaca”..  Eu quero é isso mesmo !  Virar casaca, virar a mesa, chutar o balde.. O Sport foi o rio que passou na minha vida.. Passou, foi, acabou..   Há coisas, no entanto, que ficam guardadas no coração.  Eu sou um quebrador de tradições.  Mas meu coração não esquece os bons momentos que o América me proporcionou.  E entre a tradição e o coração, eu obedeço ao coração.. Salve o América !

11 comentários:

  1. Consegui agora seguir o seu blog. Estava dando erro.
    Abraço
    Bruno Pataxó

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  2. pois é..tou notando aqui seu ícone..obrigado, amigo bruno.. tou dando umas voltas no viver bem.. vibração pura a tua turma, né? incluindo aí meu sobrinho-neto mário..

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  3. Eita, romantismo!!!
    Pelo Sport "Quase Tudo!". Salve o "Mequinha".

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  4. Bora! Dá pra torcer pelos dois, rapaz!!!

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  5. do sport eu tou fora.. dá pra torcer pelo palmeiras em sp, talvez..é verdão também ! feito o vitória-régia, a gigante do samba e o partido verde..quem sabe eu não faço minha filiação ao PV este ano ainda.. vermelho e preto é coisa de exu-caveira.. quero mais não !!!

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  6. Grande, Fred!

    Somente agora vi seu email, e pude ler seu texto... brilhante historia, pra não dizer emocionante.

    Me desculpe a demora no feedback, mas é devido a utilizar apenas o email do Hotmail p/ utilizá-lo no messenger... Meu email pessoal é este: washington_luizvaz@yahoo.com.br

    Um forte abraço... e se Deus permitir (e a FPF e os Bombeiros também... hehehe), nos veremos no Ademir Cunha contra o Salgueiro!

    Saudações Americanas...!

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  7. Aeeeeeeee Fred!
    Sempre fui Esmeraldino como herança do meu pai!
    Coisas belas só se passa de pai para filho!

    Saudações Americanas!

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  8. Caro Fred, boa noite.
    Dando uma passeada aqui pelo seu blog, este post me chamou a atenção, pois também sou alvi-verde, desde sempre. Já fui torcedor quase fanático, de arrebentar o radinho de pilha na parede depois de uma derrota, principalmente se fosse contra o Corinthians. Hoje já não mais me seduz, pelo mesmo motivou que o levou a afastar-se do Sport.
    Do time atual, conheço uns três ou quatro jogadores, se tanto, mas não esqueço as três melhores formações da Academia: (1959) Valdir; Djalma Santos, Waldemar Carabina, Aldemar, Zequinha e Geraldo Scotto; Julinho, Romeiro, Américo, Chinesinho e Geo. (1963/64) Picasso; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Ademar (Tupazinho) e Rinaldo. (1971/72) Leão; Eurico, Luiz Pereira, Alfredo Mostarda e Dé; Dudu e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha, Cesar e Ney.
    Pode ser que tenha algum engano, mas, se tiver, é pouco. afinal, meu banco de pesquisa foi somente a minha memória.
    Saudações alvi-verdes!
    um forte abraço

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  9. Bons tempos do maior guerreiro americano, o grande Ademir da Guia, um ícone do futebol brasileiro, né Mauro? O nosso América, o verdão pernambucano, o Periquito da Estrada do Arraial, Camepão do Centenário da Independência (1922) e de mais 5 campeonatos pernambucanos, tem muita história p´ra contar. E ano que vem completa seu primeiro centenário. Sim... o primeiro, porque o América é imortal e muitos mais centenários virão. Salve o América !! E viva o Palmeiras !! Embora estejamos disputando a Segunda Divisão este ano, tenho fé em Deus, que é Verde feito a Mãe Natureza, que ano que vem o Mequinha estará de novo na Primeirona. Abração !

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  10. Epa ! Falei guerreiro americano ? Foi o subconsciente, na vontade de que o Ademir tivesse jogado no América. GUERREIRO PALMEIRENSE !!! cLARO !

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