segunda-feira, 30 de abril de 2012

PERNAMBUCALAGOAR

Saudades das Alagoas
Coqueiros de Pratagi
Onde só vou passear
E quando chego por lá
Eu viro outra pessoa
Fico preguiçoso à toa
Deitado na beira-mar
Ouvindo a onda cantar
E olhando o céu de anil
Nesse canto do Brasil
Belezas iguais não há

Pajuçara e Avenida
São Bento e Maragogi
Ponte Verde e Pratagi
São de ouro uma jazida
Eu fico feliz da vida
Nas praias do meu rincão
No Pontal do Boqueirão
No Mirante da Sereia
Em noite de lua cheia
Delira o meu coração

Praia do Carro Quebrado
Das mais lindas que Deus fez
E na Praia do Francês
Descansar extasiado
Depois de ter mergulhado
Na Barra de São Miguel
No Gunga, queijo com mel
Em Japaratinga,  manga
Um refresco de pitanga
E a praia toda é um vergel

Paripueira e Patacho
Mirante da Sereia, em Pratagi
Cada qual mais encantada
De conchinhas enfeitada
Não sei qual mais bela eu acho
Molhando os pés num riacho
Por maceió conhecido
Um riozinho contido
Correndo em busca do mar
Na certeza de encontrar
O Coruripe querido

Eu louvo uma terra amada
Onde nasci e morei
Pouco tempo aproveitei
Três meses são quase nada
(Foi meu tempo de morada)
Mudei-me de vez pra cá
Pernambuco é o meu lar
Recifense também sou
E assim vivendo eu vou
PERNAMBUCALAGOAR



Ciranda do Mar da Vida - Fred Monteiro

sábado, 21 de abril de 2012

CORDEL E CRÍTICA

Repentistas (Google Imagens)
Na minha coluna “Mascate das Lembranças”, do Jornal da Besta Fubana (bestafubana.com), tenho escrito sempre uns versos de cordel em décimas, sextilhas ou setilhas, pois tem muita gente boa por lá nesse tipo de literatura. Além de exercitar meus neurônios, nessa divertida e tradicional modalidade literária, exerço também meu direito à crítica política, porque no Brasil de hoje em dia é praticamente uma obrigação nossa denunciar todos esses erros e escândalos e não deixar que se tornem rotina. A falta de vergonha e a impunidade estão a exigir uma tomada de posição e, nesse ponto, juntando humor, ironia e engajamento, o JBF tem contribuído, e muito, assim como as demais redes sociais, para essa tomada de posição. Leiam abaixo três estrofes que construí a partir do mote de Cícero Cavalcanti, goiano de Cuiabá:


“O que dói no meu peito o tempo inteiro
É o Brasil governado por canalhas”



Eu passei toda a vida trabalhando
Dei um duro danado e aqui estou
Feito um mero esqueleto de eleitor
Que cansou das batalhas, se esgotando
E o meu velho tí’tlo vou guardando
Pois cansei de votar nesses petralhas
Que fizeram da pátria umas borralhas
E levaram do povo o seu dinheiro
“O que dói no meu peito o tempo inteiro
É o Brasil governado por canalhas”


Se cheguei pouco tarde me desculpo
Eu estava ocupado em meu trabalho
Pois a vida só tem um cabeçalho
De valor tenho aquilo que eu esculpo
Nessa luta diária eu não me culpo
Pelo tanto suado e pelas falhas
se por tudo ganhei minhas migalhas
procurei ser um homem verdadeiro
"O que dói no meu peito o tempo inteiro
é o Brasil governado por canalhas"


Entra ano sai ano e a coisa fica
Cada vez complicada de se ver
É um tal de roubar e de esconder
O dinheiro do povo na barrica
A vergonha tá ficando nanica
Nesta terra que adora essa gentalha
que na lama da corrução se espalha
E ninguém dá por falta do dinheiro
"O que dói no meu peito o tempo inteiro
É o Brasil governado por canalhas"

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A VOZ DO FREVO - CLAUDIONOR GERMANO

Hoje, Claudionor Germano, a Voz do Frevo, completa 80 redondos anos. Nascido em 19 de Abril de 1932, tornou-se conhecido em todo o Brasil pelas antológicas gravações das músicas de Capiba e Nelson Ferreira.
Conheço Claudionor, primeiro como fã, desde que me entendo por gente e comecei a gostar de frevo.  Sua voz, interpretando sucessos de Capiba e Nelson Ferreira, em pot-pourris que entraram para a História da Música Pernambucana, varava noites e madrugadas pelos altofalantes das ruas do Recife, nos dias de Carnaval, animando os palanques de frevo das ruas Nova e Imperatriz e se destacando nos clubes sociais em que se apresentava com as maiores Orquestras da cidade.
O Mestre Claudionor Germano canta no F Studio
Depois, já inserido no mundo artístico dos anos 60, conheci Claudionor pessoalmente, quando por vezes coincidiam apresentações no Rádio e TV Jornal do Commércio.
Agora, algumas décadas depois, tive –por três vezes- a alegria e o orgulho de ser incluido no repertório do Mestre Claudionor: em três ocasiões distintas ele deixou registradas melodias e palavras dos meus frevos-canção “Sol na Moleira”, “Pimenta no Pé” e, no disco em que ele comemorou o Centenário do Frevo, “Coração Recifense”.
“Pimenta no Pé” e “Sol na Moleira” ganharam arranjos do Maestro Edson Rodrigues e acompanhamento da sua Orquestra. “Coração Recifense”, arranjo do Maestro Spok e acompanhamento da Orquestra Spok Frevo.
Nesta última, principalmente, Claudionor deixa passar uma emoção juvenil, quando exclama com todo o entusiasmo num trecho da letra:  “Batuca Nação Pernambuco e mostra a esse povo porque se resiste “
Claudionor é isso: a resistência do Frevo e da Raça, que ele propagou e assumiu durante quase 70 anos de carreira e 80 de idade.
Trago aqui para o Blog minha homenagem a esse grande Cantor, relembrando e apresentando para os que não as conhecem, duas dessas músicas. Ouçam, clicando nos players.


Coração Recifense



Pimenta no Pé

terça-feira, 17 de abril de 2012

A GUITARRA GIANINNI

Pesada demais... Toda em pau-ferro, devia ter uns 10 quilos ou mais, sei lá. Vermelha, meio para vinho, devido à pintura degradée, com a guarda frontal em fórmica branca, escala de mogno e dois captadores.
Foi um dos primeiros modelos da fábrica de violões Gianinni.  Só consegui comprá-la por obra e graça de um negócio que fiz com Paizinho: daqueles negócios de pai pra filho, mesmo.
Paizinho tinha me dado de presente a câmera Flex-a-Ret dele, fantástica.  Eu aproveitei bastante a câmera e durante mais de um ano fiz ótimas fotos com ela.
Flex-a-Ret, a câmera que virou guitarra
Mas acontece que eu queria uma guitarra e estava sem dinheiro. Então, como bom comerciante, propus a Paizinho uma pechincha: eu lhe dava a câmera de volta e ele comprava uma guitarra pra mim.
Dito e feito: Paizinho me arrumou o dinheiro e ainda fiquei com a câmera, na qualidade de fiel depositário.
Eu tinha visto a guitarra na vitrine da Casa Publicadora Batista, na Rua do Hospício, perto da firma da gente. Com o dinheiro na mão, corri até lá, como se não tivesse a certeza de que ia encontrá-la ainda à venda.
Voltei com aquele troféu para o escritório, mal acreditando que ela me pertencia, a partir daquele momento.
Essa guitarra foi minha companheira de música durante um bom tempo, até que um dia um médico observou um desvio na coluna e uma inclinação para baixo na clavícula esquerda.
Não deu outra: recomendou-me trocar a guitarra por outra mais leve.
Foi com a Gianinni que eu entrei para valer no mundo da música. Era o tempo dos conjuntos de ie-ie-ie e o pessoal começava a formar grupos para embalar festinhas caseiras, assustados, como se chamava, pelos bairros do Recife.
Enquanto não aparecia alguém procurando um guitarrista, recebi um convite pra tocar num grupo dos Jesuítas, do Colégio Nóbrega.
Aceitei de imediato.. o objetivo do Diretor do conjunto, o Padre Barbosa, era levar música e alegria para asilos e hospitais.
A apresentação que mais me marcou foi num hospital psiquiátrico em Monjope, município de Abreu e Lima.

A Gianinni com Otamar, eu com uma pá e a prima com meu violão
Foto: cortesia do Dr Otamar Carvalho
Chegando lá, liguei na tomada o meu amplificador, que nada mais era que um rádio antigo, de válvulas, que Paizinho me deu e o técnico em eletrônica da SORMA adaptou para servir de amplificador (nesse tempo a gente representava também uma fábrica de intercomunicadores, e tinha uma seção de manutenção desses aparelhos ("Telespeaker “ ).
Botei logo um apelido na minha "máquina": Bode Rouco. Por que ? Ora, vocês precisavam ouvir o som dos graves desse "possante"... não tinha que ver um bode velho gritando.
Mas bem que quebrou o galho; era só não abusar do volume, que o Bode Rouco ficava manso e afinado.
Pois bem... Conjunto pronto, atacamos o repertório, com muitos baiões e sambas e as "pacientes" dançaram pra valer. No término de cada música, aplaudiam bastante e gritavam pedindo mais.
Até que, no final da tarde, quando paramos a função, aproximou-se uma delas, morena, um pouco velha e desdentada, cabelos bem desalhinhados, com um bolo na mão, falando: - Fiz para vocês comerem ...
A gente agradeceu e fez que comia o tal bolo, com muito cuidado, para não provocar a ira da maluquinha. É que o bolo era de terra, e sua vela uma folha de mangueira.

(do livro de crônicas "Caçador de Lagartixas")

domingo, 8 de abril de 2012

MEMÓRIAS DO F STUDIO 4 - IRAH CALDEIRA


Nesses 18 anos de F Studio fiz de tudo um pouco.  Inclusive vídeos.  Criação, montagem e edição de vídeo sempre foram uma paixão de um sujeito metido a memorialista, feito eu.  Registrando viagens pelo Brasil e um pouco pelo Exterior, consigo congelar momentos agradáveis da vida particular e profissional.  Como este aqui.  Um certo dia, minha amiga Irah Caldeira procurou-me no Estúdio, lá pelos idos de 2006, quando ela lançava seu CD "Entre o Calango e o Baião".  Fiquei desde logo lisonjeado pelo subtítulo, porque foi extraído de uma música que escrevi especialmente para ela, "Aperta o Nó" (entre o calango e o baião).  O texto que pontua a edição deste vídeo-promocional foi escrito por um poeta palmarense, que à época eu, -por culpa da falta de tempo para acompanhar o movimento literário de Pernambuco e do Brasil- agarrado ao trabalho 10 horas por dia, ainda não conhecia.  Tempos depois, ou seja, em setembro de 2011, vim (pela mão de Leonardo Dantas- conhecer essa grande figura humana, escritor premiado, de méritos incontestáveis, autor de vários livros importantes para a nossa literatura:  Luiz Berto escreveu um texto para a capa do CD de Irah que diz tudo dessa mineirinha/pernambucana que desde então marcou em definitivo seu lugar na nossa Música.  Irah é uma estrela de grande magnitude e brilho e muito me honrou a oportunidade de escrever,em melodia e poesia, a sua trajetória das Gerais ao Sertão pernambucano.  Irah participou comigo da edição e montagem desse pequeno vídeo, e nele estão o texto de Luiz Berto interpretado por meu sobrinho, o excelente locutor Pedro Augusto Monteiro, pontuando uma trilha sonora rica de regionalidade.


Falar de Irah Caldeira e sua bondade, sua simpatia e carisma é muito fácil.   Sua carreira, feita com garra e tenacidade, é o coroamento de uma vida de luta, estudo e dedicação à sua arte.  Seu canto é puro como as cachoeiras de Minas Gerais e cativante como as serras, as cidades, as tradições, o povo, e tudo quanto diz respeito àquele Estado tão querido por todos os brasileiros.  Irah é a síntese da mineirice que o Brasil aplaude. Deixemos que Irah cante a sua saga, trinando como um rouxinol a sua música, transformando em dança e rítmo toda a sua alegria e continue nos apaixonando com o seu jeito puro de ser e de viver.  Obrigado Irah, por um dia ter entrado pela porteira do F Studio, você que é, hoje e sempre, um patrimônio da terra pernambucana.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

MEMÓRIAS DO F STUDIO 3 - HELENO RAMALHO

Conforme havia prometido aqui no blog, começo hoje um série de postagens sobre meus amigos músicos e compositores que gravaram comigo no F Studio.
E começo com uma pessoa especial, muito querida por todos os pernambucanos que gostam de boa música, em especial do frevo-de-bloco e do forró pé-de-serra.
Heleno Ramalho, poeta, jornalista e compositor, nasceu em Tabira e transferiu-se para o Recife há décadas, para realizar sua vida profissional e ao mesmo tempo dar maior amplitude aos seus horizontes artísticos.
Heleno, todo de branco e chapéu panamá,
com a nossa turma do Bloco Vitória-Régia
Poeta sensível, ligado às raízes, até hoje discorre saudoso sobre o Sítio em que nasceu, cresceu e viveu, na sua Tabira querida.  Cada conversa com Heleno, sustentada com muito humor e verve, é uma lição de amor à terra natal, que ele nos dá com seu sotaque pesado de sertanejo consciente dos seus valores mais puros.
A obra de Heleno Ramalho, hoje conhecida por todos os foliões, ultrapassa fronteiras e sua música “Flabelo de Ilusões” é cantada com fervor, como se fosse um dos hinos do carnaval lírico do nosso Estado.
É bonito ver a multidão de nativos e turistas, pelo Recife Antigo, a entoar quase religiosamente cada palavra da bela poesia de Heleno.
Para quem priva da sua amizade, ouvir os “causos” que Heleno conta com muito humor, com seu sotaque arrastado, é momento de raro prazer.  Mas hoje, eu conto um “causo” em que ele é personagem, sucedido num dos muitos dias de gravação do seu disco “Flabelo”.
Estávamos no Estúdio, assistidos atentamente por Heleno, gravando os vocais do frevo “Louvores”, uma pequena obra prima, que teve as bases executadas pela Orquestra Levino Ferreira, regida pelo Maestro Lúcio Sócrates, com o apoio de vários instrumentistas da Orquestra Sinfônica do Recife, com fagote, oboé, violinos, violoncello, numa mistura linda do clássico com o popular. 
Num dado momento, Heleno pede para parar a gravação e diz, de sopetão:  - Não estou gostando nada dessa frase.. Minha avó já morreu faz muito tempo.. E ela não vai se levantar de jeito nenhum !!
Todos estranhamos a interferência e perguntamos a Heleno o que estava havendo.  Ele explicou:  - As “meninas” (as vocalistas do Coral)  estão dizendo “.. e quando canta se levanta minha vó”.. Minha vó já morreu faz tempo ! Vamos gravar de novo !
E repetimos a frase muitas e muitas vezes mas Heleno não se conformava. Até mesmo Suely, sua esposa também presente, assegurava:  - Mas, Heleno.. eu estou ouvindo tudo certinho ! As meninas estão dizendo “E quando canta se levanta minha VOZ!”
No F Studio, Fred, Lúcio Sócrates e Heleno

Foi difícil convencer o Mestre, mas depois ouvir  algumas vezes mais o trecho ele finalmente se convenceu de que o ouvido o traía e sorriu em paz.
O trecho todo diz assim:  “Vem, Carnaval, abre tuas asas sobre nós.. Saudade canta, e quando canta se levanta a minha voz !”
Confiram a beleza dessa música e sua poesia, no player abaixo.  E a seguir, ouçam também uma comovente toada em que Heleno, acompanhado de Canhoto da Paraíba e pelo sanfoneiro Caxiado canta o seu amor por Tabira e pelo Sertão, numa magistral melodia que fotografa o momento marcante da volta do matuto ao seu sítio.  A música chama-se “Canção Rural” e faz parte de um LP do mesmo título.





domingo, 1 de abril de 2012

GENERAL LIMA VERDE, UM AMIGO CORREDOR.

Gen. Lima Verde
O Brasil de hoje nos guarda umas surpresas que gostaríamos de não ter.
Com tanta corrupção estampada nas notícias de jornais e noticiários de rádio e tv, afora, principalmente o que vemos todos os dias, on-line, pela Internet, chegamos a nos decepcionar com a qualidade dos homens públicos que temos aqui na nossa Pátria Mãe Gentil.
Algumas reservas morais, no entanto, permanecem intactas.
Entre estas há homens e mulheres de todas as latitudes e longitudes, de todas as profissões, de todas as cores políticas e religiosas imagináveis.
Tenho bons amigos em todas elas e os distingo com o meu respeito.
Pena que em praticamente todos os casos, estas pessoas de tão dedicadas aos seus misteres profissionais e afazeres familiares, não queiram e não possam ter uma vida pública dedicada a fazer a direção política dos destinos da Nação.  E assim, vamos ficando entregues ao destino de ser dirigidos por maus governantes e  maus brasileiros.

Fiz essa introdução para dizer da minha admiração por um amigo, que conheci como corredor de rua.  Um corredor anônimo que passou a frequentar nosso Clube dos Corredores do Recife-CORRE, fundado em 1983 por um grupo de amigos que necessitavam do esporte para sair do estresse da vida moderna.
Depois de alguns dias de convivência, vim a saber que o mesmo era Oficial do Exército, dedicadíssimo ao esporte e aos estudos militares.  Na época, ocupava o posto de Tenente-Coronel.  Seu nome: Júlio Lima Verde Campos de Oliveira.
Eu tinha inventado um jornalzinho para animar as programações esportivas do Clube e o amigo Lima Verde (assim o chamo, normalmente) passou desde o início a colaborar com o jornal, arranjando inclusive patrocínio de uma centena de cópias xerox do mesmo, todo mês.  A amizade permanece forte até hoje, mesmo que o Lima Verde, nacionalmente conhecido por muitas missões militares de relevante importância, tenha galgado, na sua vitoriosa carreira militar, o posto de General de Divisão do Exército Brasileiro.
Muito me orgulha essa amizade de quase 30 anos.  Tanto que lhe dediquei um "dobrado" que denominei “General Lima Verde” o qual hoje trago à apreciação dos amigos leitores do Blog.
Na sua discrição de homem de bem, inteiramente dedicado à família e à profissão que abraçou, o amigo Júlio Lima Verde continua militante e praticante da Corrida de Rua, misturado anônima e alegremente à massa de corredores da sua querida Fortaleza, animando o movimento pela Saúde, ao mesmo tempo em que preside o CORCE-Corredores de Rua do Ceará, mantendo sempre atualizado o Blog do Clube e distribuindo a sua amizade e solidariedade aos que lhe cercam. Ouçam aqui a minha homenagem ao distinto General.

http://www.4shared.com/mp3/fr4zQXlO/general_lima_verde.html