Há datas mágicas na vida da gente. No caso dos Monteiro da Cruz descendentes de Frederico e Maria, uma dessas datas é 22 de fevereiro, aniversário do nosso Patriarca. Hoje, em sua homenagem, vou falar musicalmente desta data. Vou relembrar, especialmente para os meus irmãos, cunhados e cunhadas, filhos e sobrinhos, a música que moveu nossos sentimentos durante anos a fio e que continuará nos emocionando toda vez que a escutarmos. Todos vocês, queridos leitores, tenho certeza, também serão tocados por esta música. Além de ouvi-la, gostaria que vocês conhecessem sua história.
O grande Maestro Nelson Ferreira, certa vez convocado pelos diretores da União dos Viajantes de Pernambuco compôs letra e música do Hino dos Viajantes. Desde a mais tenra infância, isso a partir dos anos 60, todos nós aprendemos e cantamos juntos com nossos pais essa marcha-hino.
Com muito garbo e orgulho, repetíamos melodia e letra em qualquer ocasião de reunião familiar. Por que? Ora... porque sentíamos o quanto nosso pai amava sua profissão de vendedor-viajante, sem medir esforços para tirar o sustento da família e a educação dos filhos nessa tarefa extenuante de percorrer todo o Estado e Estados vizinhos, na labuta do seu dia-a-dia, mesmo tendo que afastar-se temporariamente de nós todos para executá-la.
Uma frase em especial nesta música, toca fundo o coração de qualquer um de nós: o seu tema maior, que era o lema da União dos Viajantes: “Enquanto houver madrugada, haverá um viajante” !
E foi assim que resolvi gravar este hino com um coral de quase 20 vozes, formado por nossa Mãe, todos os irmãos e irmãs, minha filha, alguns sobrinhos e sobrinhos-netos. É esta a versão apresentada, muito embora eu tenha conseguido com o pesquisador musical e grande amigo Samuel Valente um raríssimo exemplar do disco original em 78 rpm, da gravadora Rozemblit, cujo selo ilustra também esse post. Cantem conosco e participem desta emoção !