terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

22 DE FEVEREIRO, UMA DATA MUITO ESPECIAL


Há datas mágicas na vida da gente. No caso dos Monteiro da Cruz descendentes de Frederico e Maria, uma dessas datas é 22 de fevereiro, aniversário do nosso Patriarca. Hoje, em sua homenagem, vou falar musicalmente desta data. Vou relembrar, especialmente para os meus irmãos, cunhados e cunhadas, filhos e sobrinhos, a música que moveu nossos sentimentos durante anos a fio e que continuará nos emocionando toda vez que a escutarmos. Todos vocês, queridos leitores, tenho certeza, também serão tocados por esta música. Além de ouvi-la, gostaria que vocês conhecessem sua história.

O grande Maestro Nelson Ferreira, certa vez convocado pelos diretores da União dos Viajantes de Pernambuco compôs letra e música do Hino dos Viajantes. Desde a mais tenra infância, isso a partir dos anos 60, todos nós aprendemos e cantamos juntos com nossos pais essa marcha-hino.

Com muito garbo e orgulho, repetíamos melodia e letra em qualquer ocasião de reunião familiar. Por que? Ora... porque sentíamos o quanto nosso pai amava sua profissão de vendedor-viajante, sem medir esforços para tirar o sustento da família e a educação dos filhos nessa tarefa extenuante de percorrer todo o Estado e Estados vizinhos, na labuta do seu dia-a-dia, mesmo tendo que afastar-se temporariamente de nós todos para executá-la.

Uma frase em especial nesta música, toca fundo o coração de qualquer um de nós: o seu tema maior, que era o lema da União dos Viajantes: “Enquanto houver madrugada, haverá um viajante” !

E foi assim que resolvi gravar este hino com um coral de quase 20 vozes, formado por nossa Mãe, todos os irmãos e irmãs, minha filha, alguns sobrinhos e sobrinhos-netos. É esta a versão apresentada, muito embora eu tenha conseguido com o pesquisador musical e grande amigo Samuel Valente um raríssimo exemplar do disco original em 78 rpm, da gravadora Rozemblit, cujo selo ilustra também esse post. Cantem conosco e participem desta emoção !

MANGUEIRAS, VITÓRIAS-RÉGIAS E TACACÁ


Igarapé no Rio Guamá
 
Bar do Parque
Um passeio por Belém nos remete aos bons tempos das cadeiras nas calçadas e das manga-espadas verde-amareladas, cheirosas e suculentas, pendentes dos galhos frondosos de mangueiras pelas ruas, ao dispor dos transeuntes.  Tantas frutas, tantos sabores, tanta sombra, que esquecemos de ter saudade delas.



Cerâmica marajoara - Icoaraci

Estivemos em Belém por volta de 1998, comemorando nossas bodas de prata. Apesar do calor úmido, a cidade é acolhedora e convidativa a passeios intermináveis por suas eternas alamedas de mangueiras, pelos seus vetustos edifícios de talhe europeu, bem conservados e ainda bastantes imponentes. O Theatro da Paz, na Praça da República lembra, até pela localização e  o nosso Teatro de Santa Izabel, também plantado na recifense praça do mesmo nome. Apesar da semelhança não é obra do francês Louis Vauthier, como o nosso, mas sim do engenheiro militar José Tiburcio de Magalhães, inspirado no Teatro Scala de Milão. 

Theatro da Paz
 Mas lá, na Praça da República de Belém, há lindos coretos moldados em ferro, quiosques da época, como o Bar da Praça, fotogênico e simpático.  As construções religiosas também são notáveis, destacando-se a Igreja de Nazaré, pela famosa Festa do Círio e a Sé de Belém.  O Mercado  Ver-o-Peso, habita o imaginário de todo turista que não lhe pode negar uma visita de manhã inteira, em meio a ervas, frutas, peixes, amuletos de toda espécie, artesanato variado do urbano ao indígena, enfim, tudo o que atrai os viajantes.


Tacacá no fim da tarde

Um capítulo à parte, em Belém é o Museu Goeldi, um oásis verde em meio ao burburinho da capital.  Próximo a Belém, outras visitas inesquecíveis: Icoaraci, famosa pelo artesanato em cerâmica que tem no Mestre Anísio uma expressão eloquente da arte marajoara e tapajônica. 


Praia do Paraíso - Mosqueiro
De Icoaraci pode-se fazer uma travessia para a Ilha de Marajó, ou simplesmente quedar-se nas areias brancas das praias do Mosqueiro, em especial a praia do Paraíso. Outros passeios imperdíveis partem para vários igarapés no entorno do Rio Guamá, onde podemos presenciar a colheita do açaí e saborear essa iguaria vegetal numa tijela rústica, acompanhada por farinha branquinha e crocante de mandioca. Belém é daqueles destinos brasileiros a que pedimos bis.




 
 

Vitórias-régias no Parque Goeldi