quarta-feira, 13 de março de 2013

NOTÍCIAS DO JALAPÃO - 2 -

No fervedouro de S. Félix
4 de março, segunda-feira. Mas pra gente, poderia ser até 31 de fevereiro de um dia qualquer da semana. A essa altura, calendário não fazia mais sentido, nem falta.  Sempre que "estou pelo mato", essa questão é recorrente.  Que importância tem uma data? E sempre respondo a mim mesmo: só a da chegada e a da partida.  Como na vida, só temos certeza de que chegamos e um dia iremos partir.  No meio disso tudo, vivemos... É o que importa, afinal.
Pois nesse dia -que por acaso era 4 de março, uma segunda-feira- subimos mais uma vez no sacolejante caminhão, depois do café da manhã, rumo aos poços do fervedouro 1 e 2, em Mateiros e S. Félix.  São ressurgências d'água tão fortes que não permitem que os banhistas afundem, Nem que queiram !  Uma experiência inédita.  De lá, mais estrada.  As distâncias no Jalapão são sempre imensas.

Na camisa do glorioso América do Recife,
o verde-esmeralda das águas da cascata
E mais uma maravilha: a Cascata ou Cachoeira da Formiga.  Apaixonado por cachoeiras, das muitas que conheci pelo Brasil afora, nunca tinha visto uma tão linda !  Águas verde-esmeralda e cristalinas.  Inacreditavelmente belas, essas águas fluem, numa forte correnteza, formando um riozinho incrível, onde ficaríamos o dia inteiro, não viesse a tarde caindo rapidamente. De lá, passamos pela pequena Mateiros, para compra de artesanato de capim-dourado, atração decantada do Jalapão.  Ouro em fios de um capim bem fino e brilhante, que apenas ocorre nas veredas daquele Paraíso.  Dali para o acampamento, onde chegamos à noitinha, moídos e sacolejados pelas dezenas de quilômetros de estrada jalapenses, abertas no areial do cerrado pelo valente caminhão.