terça-feira, 28 de junho de 2011

MASCATE DAS LEMBRANÇAS

Não quero nem falar sobre a famosa "Guerra dos Mascates".. Deixo isso para os historiadores em geral e os do Recife, em particular, como o meu amigo Leonardo Dantas, que sabe tudo sobre essa terra do "Leão do Norte".   Só queria dizer alguma coisa sobre um costume bem nosso: o Recife sempre foi farto de mascates.  Vendedores de tudo, incluindo-se aí a própria "Esperança".   Mario Sette nos fala, com enlevo, das "negras da Costa" vendendo em seus tabuleiros bolos, acarajés, pamonhas de garapa, grudes e canjicas.    E também nos "italianos tocadores de tachos" que consertavam de porta em porta os mais variados utensílios de metal (panelas, frigideiras, caçarolas, soldando tudo, repondo asas, desamassando tampas, depois do que saiam batendo em vasilhas que levavam para consertar em casa, com um pedaço de pau: tém..tém..tém..tém.....   Ainda alcancei, na minha infância, resquícios desses costumes.   Uma dia, há alguns anos atrás, acordei pela madrugada e deixei que essas memórias aflorassem com tal força que compus, de um só fôlego, uma das canções que mais gosto: "Mascate das Lembranças".


Na letra dessa música, relembro tipos que povoaram meu tempo de criança: um amolador de tesouras; o vendedor de cuscuz e o seu apito matinal; o "gringo da prestação", com seu baú mágico cheio de retroses de linhas coloridas, rolos de fitas, cordões e sianinhas, cartelas de botões coloridos, das mais variadas formas e tamanhos; os vendedores de "cavaco chinês"; todos os repentistas/propagandistas dos mais variados produtos, que pululavam pelas ruas estreitas do Recife-centro, incluindo os pândegos "Mané do Palito" e "Chá Preto e Pente", contando suas "novidades"..  Por trás de todos eles, como uma sombra protetora da categoria, rondava o célebre tema musical do patrono maior, de tempos que não alcancei: "Bolinha de Cambará"  !  Mas ficou sua música, renitente na memória de todos os recifenses com mais de 50 anos..
O "Mascate das Lembranças" foi gravado quatro vezes: a primeira com a Orquestra e Coral do Bloco Flor da Vitória-Régia; a segunda, com a Orquestra e Coral Levino Ferreira, do Maestro Lúcio Sócrates; a terceira com a minha Orquestra e Coro Cemcape e finalmente num arranjo para Cordas, mais elaborado, sob a forma de "Serenata Pernambucana".  Gravei o tema musical do "Mascate" em conjunto com outro tema da música "Saudade de Olinda".   Aos que não conhecem ainda o "Mascate das Lembranças", fica a sugestão.. Aos que já o curtiram nos Blocos de pau e corda do Recife, fica a oportunidade de relembrar e cantar conosco os refrões de antigamente, que registrei, com meu amigo Hamilton Florentino, na primeira gravação.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

O BLOGUEIRO VAI DAR UM TEMPO .. É SÃO JOÃO!

   
Tempo bom pra dançar quadrilha, comer milho assado na brasa, canjica e pé-de-moleque.. Tudo bem..

Mas, bom também pra relaxar, fazer umas trilhas, ler um bom livro, tomar um vinho pra aquecer de noite e uma cervejinha gelada pra acompanhar um bode assado no almoço, etc, etc..

Tudo isso a partir de amanhã.. Vou pra Bonito.. Não o de Mato Grosso do Sul, onde estive em setembro do ano passado.. É o nosso Bonito pernambucano, terra de Nelson Ferreira.  Terra de muita cachoeira e ainda uns caminhos legais pra se curtir..

IMPORTANTE !... ATUALIZAÇÃO URGENTE!

Não vou mais levar o livro que estava guardado na mala, já programado desde a semana passada, quando ainda terminava de ler "O símbolo perdido", um ótimo thriller de Dan Brown.. De jeito nenhum.. Ingrid Betancourt que me perdoe pelo adiamento.. "Não há silêncio que não termine" vai ficar pra volta.. Sinto muito, Ingrid, mas acabo de receber, agorinha, na volta do "cooper" vespertino, o tão esperado presente do meu amigo Mário Jorge Jacques, o MaJor, Mestre em Jazz,que é um dos Editores do excelente CJUB-Jazz & Bossa onde a gente bebe na fonte da sabedoria jazzística.  Trata-se do seu livro GLOSSÁRIO DO JAZZ,  que vou começar a degustar como um bom vinho, sorvendo cada página e aprendendo sobre essa Arte fantástica, ao som dos seus fantásticos "podcasts" .  Muito obrigado Mestre MaJor...  Paz, saúde e muita Música !

Bom São João pra todos e até a volta !!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

DIOGO, UM CARA MUITO ESPECIAL !

http://www.youtube.com/watch?v=fKDo93diPTk

Não é fácil ter somente um neto e ficar longe dele. Como diz o povo, "avô é pai duas vezes". Portanto, mais difícil ainda que ficar longe dos filhos é ficar longe dos netos.  Ou do único neto, no caso.

Claro que ninguém é senhor da Vida ou do Tempo, das circunstâncias, ou das distâncias.  E a gente termina se conformando com essas ausências, porque importa muito mais,  mesmo, a felicidade da família.
Eu tenho um carinho muito grande por esse (por enquanto) único neto. Outros virão, eu sei..  Enquanto não chegam, resta aos avós o consolo das visitas esparsas. Num ano eles vêem ao Brasil, noutro vamos nós visitá-los por lá. E assim vamos driblando a saudade, conversando pelo telefone, nos vendo pela Internet (que felicidade viver esses tempos modernos, onde subjugamos as distâncias com um simples modem, um teclado e um monitor)..

E aí é como se estivéssemos todos juntos, em casa, na hora do café ou do almoço, conversando, rindo, até mesmo brincando de esconde-esconde.

Quando Diogo era ainda bem pequeno, lembro que a gente tomava conta dele, no cercadinho, com seus brinquedos, enquanto sua mãe preparava seu suco, seu lanchinho.  Notebook ligado por lá, microfone aberto e os vovós-babás do lado de cá alertas a qualquer movimento.

Agora, aos quase seis anos ele está independente.. Um rapazinho!  Violinista promissor, quem sabe, um cientista, ou um ator? Talvez advogado, bem falante como é.  Comediante?  Médico? Que futuro lhe aguarda?  Nós na torcida.. Só sabemos que ele será grande, enorme no que escolher. Inteligente, esperto, bonito... Nosso orgulho, nosso neto !

sábado, 18 de junho de 2011

ABACAXI

Os Tártaros em 1965 - Da esq p/ dir : José Araújo, Fred, Walter, Djilson e Maristone

Três horas da manhã... Boate Candomblé,onde os Tártaros atuaram durante todo o ano de 1967.

Casa cheia, como sempre.  Muitos turistas que, em época de alta estação se hospedavam nos hotéis da orla de Boa Viagem.

Num momento de descontração, que era o da nossa refeição da madrugada, faltava um dos Tártaros.

Era o Mr X , galã inveterado que, conforme logo verificamos, conversava com uma loura platinada, num cantinho escuro, a poucos metros dali.   Conversa vai, conversa vem, o jantar dele esfriando, e o Mr X mandando lábia..Terminamos o jantar e o cara não estava nem aí...A louraça fazia trejeitos, balançava os cabelos, enfim, esbanjava charme pra cima do conquistador. Ele, animado, acenava de vez em quando, disfarçadamente, por cima dos ombros da loura, naquele gesto de -unindo as pontas dos cinco dedos da mão direita- traçar um "S" diante da boca, como a dizer:  "Está ferrada!".
A gente era feliz e não sabia...


Logo, logo, a loura levanta-se, vestido de baile justíssimo, brilhantíssimo, jóias e brincos balançando, cabelos jogados para trás, apanha a bolsinha dourada em cima da mesa, afasta a cadeira com afetação e, bamboleante, insinuante, sedutora, dirige-se ao "toilette".

Diante das portas dos banheiros pára um pouco, volta-se, sorri cinicamente para Mr.X e, com uma "rabissaca" de cabeça, queixo levantado, seios empinados, entra pela porta da direita.

No letreio da porta escolhida, talhada em acrílico brilhante, com todas as cores tropicais, a figura de um belo abacaxi e, pouco acima, em inglês, uma singela palavra de três letras: MEN...A propósito, no outro letreiro, faceira e amarela, uma banana acrílica vestida de Carmem Miranda, indicava: WOMEN...

Mr. X quase chora de raiva !

(Do meu livro de crônicas "Tártaros: os seis do Recife" )

quinta-feira, 16 de junho de 2011

DUDA: A MARCA DO GÊNIO


Há pessoas que se eternizam em vida..    
São as pessoas diferentes dos comuns mortais, pelo talento com que nascem e  que desenvolvem mais e mais, a cada dia na Vida, no Esporte, na Literatura, na Política, na Ciência, na Música.  
Esses me interessam de perto.. Músico esforçado, curioso, ousado nos projetos,  sempre admirei profundamente os grandes talentos musicais  de Pernambuco, procurando aproximar-me deles e aprender, observando a sua genialidade, tentando melhorar a minha curta bagagem musical.  Há alguns desses grandes talentos musicais brasileiros aqui em Pernambuco.   Este nosso Estado é um grande celeiro de gênios musicais da raça brasileira. São verdadeiros Alquimistas, que transformam instantaneamente em sucessos as canções que compõem, arranjam ou executam.  Eu tinha um projeto, que era mais um desejo, meio difícil de realizar, como tudo o que se refere à Arte pernambucana.  Uma série de documentários em vídeo com os "bambas do Frevo".  Não queria comercializá-los... Apenas preservar a memória do nosso povo tão bem aquinhoado, nesse particular. Não consegui o apoio mínimo que imaginava, mas não fico triste por isso.   Simplemente,  passo a divulgar como posso, através deste Blog,  os meus amigos geniais..  São poucos, porque sou exigente.  Não quero errar simplesmente por mostrar quantidade, abstraindo o principal, nesse tema: a genialidade pura e simples. Aqui vai o primeiro, e que considero, ao lado de Nelson Ferreira, Raul Moraes, Capiba, Lourival Oliveira, Zumba e Levino Ferreira, que já se foram, um dos criadores do nosso Frevo:  O Maestro Duda.  José Ursicino da SIlva, nascido em Goiana, Zona da Mata de Pernambuco, em 23 de dezembro de 1935.  Compositor de todos os gêneros, de todos os ritmos, de todas as épocas,  deixando sempre em sua obra a marca que o distingue dos comuns: a marca do Gênio.  Não vou dissertar sobre a vida e a obra de Duda.  Outros mais competentes já o fizeram.  Ele próprio, na sua humildade e simplicidade de homem realizado,consciente da grandeza do seu trabalho, prestou-me um depoimento curto sobre o que pensa da sua vida e da sua Arte.  Simples, direto, talentoso !   No vídeo, vocês verão uma síntese do que é Duda e sua obra.  






Verão, finalmente,  um pouco das homenagens a ele prestadas esse ano (o ano do Carnaval Maestro Duda), com o próprio Maestro regendo uma Superorquestra com mais de 100 músicos no encerramento do Carnaval do Recife 2011.  Além disso, temos a participação da Orquestra de Frevos do Conservatório Pernambucano de Música, formada por alunos e professores do Conservatório, regidos pelo Prof. Nino Celestino e denominada Orquestra Maestro Duda,  tocando os seus arranjos na obra erudita de dois dos quase 10 compositores cuja obra foi por ele revisitada. Mais vídeos com obras de outros compositores arranjados por Duda, você encontra aqui:  http://www.youtube.com/user/passarogomes

quarta-feira, 15 de junho de 2011

MAIS FORTES SÃO OS PODERES DO RIO!

A Natureza sempre me surpreende..   Ultimamente temos tido muitas razões para acreditar que o planeta é realmente um ser vivo, como apregoam os ecologistas.   Como um organismo doente, a Terra reage, contorcendo-se em terremotos, tsunamis, tempestades, furacões e erupções vulcànicas numa frequência pra lá de incomum.    É lógico que seja assim, pois estamos cada dia mais provocando esses acontecimentos. Sempre existiram, é certo, mas creio que nós, como hóspedes recentes nessa casa espacial, estamos perturbando o seu equilíbrio de todas as formas.   Porém, como uma mãe que apenas repreende os filhos e nunca deixa de amá-los e de prover o seu sustento, a Natureza se recompõe dos maus tratos que lhe infligimos e continua a nos matar a fome e a sede.

Dia 13 passado,  atravessava a Ponte Velha quando, já próximo ao Cais José Mariano, deparei-me com um pescador que lançava sua tarrafa ao rio.  Diminui o passo e tive o prazer de vê-lo puxar a rede e abrir um sorriso de alegria ao tirar dela um belo camurim (robalo, para os sulistas) de cerca de 3 kgs.   Imediatamente procurei conversar com ele.  Chama-se João Batista, e eu já o tinha  visto  pescando naquele local.  Convenci-o a dizer alguma coisa sobre a pescaria no que ele, mesmo meio envergonhado, consentiu.  Por uma incrível coincidência ,  estava com minha câmera portátil e ali mesmo gravei tudo.. Tive muita sorte, porque tão logo ele terminou seu depoimento, um transeunte comprou o peixe e o levou. Eu tinha gravado fazia uns dias algumas cenas nas Ruas da Imperatriz e Sete de Setembro, bem como "takes" do caótico trânsito recifense.
Aproveitei-as para montar esse pequeno clipe, que ornamentei com uma bela trilha sonora, uma toada chamada "Caminhos de Vidro",  composta e interpretada por minha filha Tatiana Monteiro,  gravada no F Studio, há uns dois anos atrás. Coube como uma luva.  Fiquei feliz com o resultado e divido com vocês essas indagações  sobre o nosso sofrido, mas sempre belo Recife...

terça-feira, 14 de junho de 2011

FESTA DO POÇO

O Poço da Panela já foi o subúrbio mais nobre do Recife; hoje é uma pálida sombra dos seus áureos tempos em que os Coronéis do açúcar ali mantinham suas residências de veraneio.


Nos idos dos séculos XVII e XVIII, dizem os historiadores, era por ali, no meio daqueles pomares fartos, com o Rio Capibaribe correndo manso e limpo, que as famílias abastadas passavam os dias de calor, na Capital da Província.

Ali também procuravam cura para as suas mazelas, nas propriedades terapêuticas dos banhos de rio, ao sol, numa vida saudável, que contrastava com o sombrio ambiente dos casarões do Recife de então.

Em louvor a Nossa Senhora da Saúde, construiu-se no Poço uma Igreja muito bela e bem adornada internamente em talhas de cedro, elaboradíssimas, conforme era o gosto do Barroco pernambucano.

E, diante da Igreja, passou-se a celebrar, desde então, uma festa religiosa-profana que já é tricentenária: a Festa do Poço.

Claro que, como tudo no Recife, a festa teve seus dias de glória sendo hoje, como o bairro, um fantasma do que foi.  No meu tempo de adolescente, aliás, já era assim.  A gente ia pra Festa do Poço somente por falta do que fazer, mesmo.  Depois da Novena, que eu nunca frequentava, começava a festa de rua.  A oportunidade pra gente conhecer meninas de outros Bairros, tomar uma caneca de chopp, comer um "churrasquinho de gato", um "pastel de vento", ou oferecer para as garotas uma "maçã do amor", vermelha e caramelada, coberta ainda por uma camada de bolinhas coloridas muito pequenas que as meninas, nem sei porque, adoravam...


Acho que, na verdade, elas aceitavam essas nefandas maçãs mais pelo galanteio e como uma espécie de troféu pensando, talvez, assim: ..."Oba, hoje eu estou irresistível.. ganhei uma maçã do amor!"...

Pra gente, oferecer uma maçã destas era uma maneira de dizer que estava a fim de um namoro.

Claro, havia também o serviço de alto-falantes pra ajudar a conquistar os corações femininos que deambulavam palpitantes por ali...

E haja música oferecida às garotas, muitas vezes até pelo velho espírito de molecagem.

O locutor da festa, invariavelmente empostava a voz e tascava: "Atenção Fulana... Assim como as rosas abrem suas pétalas para receber o orvalho da manhã, abra também o seu coração para receber esta melodia que Fulano lhe dedica...."

E vinha, pelo som rouco das "cornetas", um bolerão de Anísio Silva ou Orlando Dias, com suas juras de amor e lágrimas
de um coração despedaçado...

(Crônica extraída do meu livro "Caçador de Lagartixas", Ed.LivroRápido/Elógica, Recife, 2008)

sábado, 11 de junho de 2011

DANÇAS MATUTAS PELO MUNDO E PELOS TEMPOS

Se olharem direitinho, verão que não somos tão diferentes, povos do hemisfério norte ou do hemisfério sul.. Afinal, nesse planetinha azul, em "festas de interior", na celebração das colheitas,  o que conta é a alegria da Música e da Dança.

Normalmente danças "de roda", com passos vibrantes e simples, mas que transmitem grande energia.  Pesquisando sobre danças populares, baixei esses dois vídeos do You Tube e vi muita semelhança no vigor dessas danças "caipiras".   

Um trio de músicos, um "gritador" de quadrilhas, moças e rapazes dançando felizes, mesmo separados pelo tempo e pela distância.. No tempo, estão distantes quase 50 anos ( a "quadrilha" americana é dos anos 60, filmada em 16 mm, P&B, numa cidadezinha do oeste dos EEUU; a brasileira é recente, filmada em vídeo digital, numa cidade do Agreste pernambucano, poucos anos atrás).

Na distância serão talvez umas 5.000 milhas ou 8.000 kms em linha reta..  De avião umas 10 horas de vôo direto, é pouco ?

Propositalmente, troquei as trilhas sonoras e o resultado ficou bem interessante:  uma quadrilha pernambucana com banjos e fiddles (rabecas) e uma festa americana movida a "trio de forró".    A intenção, porém,  é a uma só: celebrar a Música, a Dança e a Vida!

A todos os que curtem o Blog, desejo neste início de Ciclo Junino muita Paz, Saúde e Alegria !

quinta-feira, 9 de junho de 2011

MEU AMIGOS ANIMAIS (2)

onças cochilando- recife(pe)
cristal - recife (pe)



cervo com bem-te-vis na garupa  - pantanal (ms)











Sempre que posso, na natureza ou em zoológicos, estou fotografando animais.

Uma mania de muitos anos que eu gosto de preservar.

Eles são autênticos, não se importam muito conosco e vão levando sua vidinha do jeito que a natureza manda.



Não têm gostos extravagantes, como seus irmãos "superiores" (pelo menos nós pensamos que somos assim em relação a eles).

Em compensação, não se obrigam a matar ou morrer por ideais, nações ou crenças.


São como são e conforme foram criados.  Os que domesticamos até que suportam se afeiçoar a nós.. 

Pensamos que somos seus "donos".. Qual o que.. Eles pensam o mesmo e acho que têm razão.  

Haja vista a fortuna que se gasta para manter um cachorrinho ou um gatinho "up to date".


mister M - timbó(sc)
Os menos afáveis nos mantêm afastados (para o bem deles, eu acho).



E que seja assim, por todos os séculos, amém..  Deixemos que vivam..

Afinal estão no planeta há muito mais tempo que nós.. E não vêm destruindo seu habitat. 

Apesar de "feras", têm inteligência para não fazê-lo.  E aí eu pergunto: Nós é que somos superiores ???


jacaré - timbó (sc)



quarta-feira, 8 de junho de 2011

FLORES, SORRISOS DE DEUS 4 - MAIS FLORES, SEMPRE !

florianópolis - sc
tulipas - redmond - wa(usa)

helicônia - pomerode-sc
bromélia - florianópolis - sc









Singelas,  elegantes, 

coloridas...

às vezes tímidas, retraídas

(escondem-se)

em meio a espinhos,

ou entre as pedras

dos caminhos..


 Mas, sempre lindas,

e até perigosas,

veneno oculto, maliciosas

Inspiram sonhos,

esbanjam cores.

sorrisos de Deus...

divinas flores !



Recife, junho 2011


bromélia - florianópolis - sc
ninféia - marimbús - ba

terça-feira, 7 de junho de 2011

NO TEMPO DO CINEMA MUDO ERA ASSIM


Em 1998 fundamos (eu e minha família) o Bloco Flor da Vitória-Régia, em Casa Forte, para animar o bairro e brincarmos em família e com os amigos. Como antigamente, segundo os nossos melhores historiadores do Carnaval recifense.

Estimulado pelo sucesso do Vitória-Régia e curioso por saber as origens de um instrumento de cordas não muito comum no Brasil, o Banjo, verifiquei que as Orquestras que tocavam nos cinemas da cidade, nos anos 1920 em diante, tinham o formato típico das Orquestras americanas de Jazz que executavam música nas salas de cinema do início do Século 20, dando mais vida e romantismo (ou humor e suspense) às imagens em preto e branco que eram projetadas no espaço mágico das telas.   



Assim, imperavam os rag-times e blue-grass nas comédias de Chaplin e dos Irmãos Marx, temas clássicos e românticos em filmes que retratavam a Guerra, as histórias de Amor e intrigas; música e efeitos mais densos nos filmes de suspense, etc..

Das salas de cinema, terminada a sessão, essas Orquestras, que no Recife estiveram sob a batuta de excelentes maestros e pianistas (Capiba e Nelson Ferreira são dois exemplos clássicos), tocavam em bailes, em cabarés (na época não tinham o significado de hoje), em salões de dança e, por que não?- na época do Carnaval, nos Bailes e Blocos que nasciam, naqueles “anos dourados”. Daí os banjos, que executavam suas típicas músicas dos cowboys passarem a se incorporar aos naipes de cordas como bandolins, cavaquinhos e violões, dos nascentes blocos carnavalescos mistos (das Flores Brancas, das Apachinettes, Flor da Lira, Diversional da Torre e muitos outros).

O banjo nas orquestras dos Blocos têm um timbre e um ritmo todo especial e se prestam a fazer uma marcação bem típica e alegre, que dá colorido inigualável às cordas, principalmente quando o banjista, nos breques do frevo, trina os acordes de maneira vigorosa, com sua palheta.

Voltarei ao assunto aqui no Blog, em breve, falando a respeito de um dos mais conhecidos banjistas de Pernambuco: Narciso Do Banjo. 

Essa música que vocês podem ouvir no “player” abaixo chama-se “Cinema Mudo” e eu a compus justamente quando idealizei o Bloco com o mesmo nome. Foi executada pela nossa Orquestra Vitória-Régia e intrpretada por Hamilton Florentino e Coral Vitória-Régia.

O “Cinema Mudo” desfilou apenas duas vezes, no Recife Antigo (2003 e 2004) e também no Encontro dos Blocos da Rua da Aurora, em 2004. As fotos dão bem uma idéia do clima do Bloco que em seu primeiro desfile arrastou uma verdadeira multidão pelas ruas do velho bairro do Recife. As moças vestidas de melindrosas e os homens com roupas da época também, deram um toque especial, com destaque para o Carlitos (Beto do Bandolim) e o Gordo e o Magro (eu e meu filho Fred, ambos com nossos banjos).
Relembrem, conheçam e divirtam-se !    




















quarta-feira, 1 de junho de 2011

SPORTING, O VERDÃO DE LISBOA

brasão do milênio

brasão do centenário
Minha filha e meu genro voltaram recentemente de Portugal, onde passaram as férias do mês de abril e me trouxeram de presente uma camisa do Sporting de Lisboa..  Já conhecia o Verdão de lá e fiquei gostando ainda mais da idéia de torcer pelo dito cujo e por todos os verdões do mundo..  depois do América do Recife, Palmeiras de São Paulo, Coritiba do Paraná e Sporting de Lisboa, foi verde é comigo mesmo !  Tou torcendo até por mandacaru, pano de sinuca, papagaio e óculos ray-ban, como dizia aquele forró das antigas.  E saibam que grandes jogadores da Europa de agora e de sempre, passaram pelo alvi-verde patrício.  O Sporting é o 3° maior campeão Português de futebol, com 18 títulos, ficando atrás só de Benfica (32) e Porto (24). Além de 15 Taças de Portugal e 8 Supercopas de Portugal, o Sporting é também um excelente centro de formação de jogadores. Do Sporting saíram os dois portugueses que conquistaram a Bola de Ouro da Fifa de Melhor Jogador do Mundo (Figo e Cristiano Ronaldo).  Um atleta que não poderia faltar jamais nesse espaço meu ídolo das Maratonas, Carlos Lopes, sportinguista, como dizem nossos irmãos lusitanos é detentor de uma das melhores marcas nos 42 km da maior prova do Atletismo..  Verde e branco até a alma ! 

Pra saber mais: www.sporting.pt
tirando onda na rabeca