segunda-feira, 22 de abril de 2013

UM TAPETE DE PEIXES

Era uma ruazinha estreita, embora a principal, da cidade de Porto de Pedras, Alagoas.
Dezembro de 2008, eu estava indo de Japaratinga para Maceió, rever aquelas praias que não devem nada às caribenhas, com águas azul turquesa e coqueiros que fazem a festa dos turistas e dos conterrâneos também.
Vou tranquilo observando a modorra do meio-dia quando, olhando para a direita, vejo a cena que aí está: metade da rua tomada por um tapete de folhas de coqueiro com centenas e centenas de peixes secando ao sol.
Cena estranha, pelo menos para mim.  Parei o carro, como sempre faço nessas ocasiões e fiz questão de registrar esse tapete diferente de todos os outros com que já tinha me deparado.
Provavelmente são (eram) sardinhas.  Ou provavelmente não... os peixes nordestinos têm tão variadas formas, cores e nomes que até hoje não atinei para essa variedade, com segurança.. Também, não havia uma viva alma na "Rua dos Peixes" que pudesse me tirar essa dúvida.  Acho que a população inteira estava no gozo da merecida "siesta" .