Minha vida é em verde e branco. Há poucos dias atrás, revelei aqui no blog meu amor por essas cores quando me decidi a torcer de uma vez por todas pelo meu time do coração: o América do Recife, alvi-verde da Estrada do Arraial. Mas minha história verde e branco não pertence somente ao América. Fundei, em Casa Forte, 1998, um bloco lírico chamado Flor da Vitória-Régia. Suas cores? verde e branco. Sim, apesar de toda a tradição dos folguedos pernambucanos indicar as cores azul e encarnado (vermelho), Vitória-Régia, o bloco, era verde e branco. Como a Gigante do Samba, escola em que muitas vezes toquei tamborim, emprestado pelos batuqueiros, nos carnavais da minha adolescência, quando eu ficava esperando os blocos, troças e escolas de samba desfilarem rumo à Avenida Guararapes, saindo da Boa Vista, no Pátio de Santa Cruz. Vitória-Régia é planta da família das ninféias e havia muitas delas nos tanques da Praça de Casa Forte. Enormes, "redondas barcaças", no dizer do poeta Romero Amorim, na música composta em parceria com Getúlio Cavalcanti, para o nosso Bloco. Em homenagem a todos os amantes das ninféias e das Vitórias-Régias, vão essas fotos que fiz, no Pantanal de Marimbús, próximo à Chapada Diamantina e no Jardim Botânico de Timbó, Santa Catarina.