domingo, 19 de fevereiro de 2012

CORISCO E UM PERNAMBUCANO SAUDOSO

Uma prova do quanto tinha razão Antonio Maria, jornalista recifense radicado no Rio de Janeiro, autor de uma série de frevos sobre o Recife, está escrita em sua belíssima música, hoje um clássico da MPB, consagrado na voz de Maria Bethania (Frevo n. 2 do Recife):

“Quando eu me lembro
O Recife tá longe
A saudade é tão grande
Eu até me embaraço
Parece que eu vejo
O Haroldo Matias no passo
Valfrido e Cebola, Colaço
Recife tá perto de mim
Saudade que eu tenho
São maracatus retardados
Que voltam pra casa cansados
Com seus estandartes no ar..”


              Hoje de madrugada, recebi do meu filho Fred, um email em que anexava um vídeo feito às pressas, improvisado mesmo, em que ele -tocando cada um dos cinco instrumentos de um regional de cordas (violão, bandolim, cavaquinho, pandeiro e triângulo) e mixando-os num único vídeo, executa o frevo CORISCO, do saudoso compositor e amigo Lourival Oliveira, um paraibano/pernambucano do coração mais recifense e frevista que eu conheci.


Transparece desde logo a saudade do Recife, da família e das coisas da terra, nesse vídeo.
Exilado por força da profissão (Fred é Engenheiro de Software da Microsoft) e morando em Duvall, no Estado de Washington-USA, tem ele uma paixão imensa pela terra natal.  E a demonstra aqui, de forma bem significativa.  Ainda ontem, numa mensagem no facebook, dizia que: tudo o que eu queria era estar agora com meu banjo, acompanhado um bloco de pau e cordas no Recife.

Fred e meu neto Diogo, longe, muito longe do Recife
Sei que ele gostaria de refazer o vídeo mil vezes até ficar perfeito, como tudo o que faz.  Aliás, em dois dos cinco quadros do vídeo, há "interferências curiosas" de Diogo, como vocês poderão ver.  Mas, publico assim mesmo, esse grito de emoção e amor pela sua terra, esquecendo aspectos técnicos e musicais, externando, assim, a nossa paixão pelo Recife e seu verdadeiro Carnaval.