Aceitando o convite do romancista e poeta Luiz Berto, palmarense da gema e grande figura humana, autonomeado Papa da sua inventada Igreja Católica Apostólica Sertaneja (ICAS), passei a colaborar com uma coluna chamada “Mascate das Lembranças”, no seu blog “Jornal da Besta Fubana” (http://www.luizberto.com/)
O JBF desponta, no meio virtual como um dos blogs que mais cresce no Brasil e conta entre seus colunistas e colaboradores com gente famosa e também milhares de comentaristas do Brasil inteiro, sendo motivo de muita alegria para este blogueiro participar deste movimento fubânico.
Hoje de tarde, lendo matéria sobre poesia de cordel, deparei-me com um mote muito especial oferecido pelo poeta de São José do Egito, Jorge Filó. Um belo tema e um mote excelente:
“Baixa a face, o pranto desce,
ao som da Ave Maria”
De bate pronto, remeti uma glosa no contexto, assim:
“Meu tempo de curumim
Uma lembrança um açoite
Sempre ao cair da noite
o sol explode em carmim
um sino dizendo assim
chorando sua latomia
chorando sua latomia
Com seu badalar que cresce
baixa a face e o prato desce
baixa a face e o prato desce
Ao som da Ave Maria”
Só que na glosa seguinte, o pessoal da coluna começou a brincar com o tema, no estilo do “poeta do absurdo”, José Limeira, personagem do livro do grande poeta e escritor paraibano Orlando Tejo.. Apareceram, então duas glosas muito legais.. Não me fiz de rogado e mandei estas, também:
uma dô lá no vazio
um soco no pau da venta
uma cachorra no cio
o sargento entrou na dança
rapariga se oferece
começou a imboança
lá na casa de Sofia
BAIXA A FACE, O PRANTO DESCE
AO SOM DA AVE MARIA.
Se é pra limeiriar
Tô aí limeiriando se é pra filosofar
eu chego filosofando
Num injeito verso e rima
Nem o calô da porfia
Quem aprende num si esquece
Bom macaco num assubia,
baixa a face o pranto desce
ao som da ave maria
baixa a face o pranto desce
ao som da ave maria