Nesses 18 anos de F Studio fiz de tudo um pouco. Inclusive vídeos. Criação, montagem e edição de vídeo sempre foram uma paixão de um sujeito metido a memorialista, feito eu. Registrando viagens pelo Brasil e um pouco pelo Exterior, consigo congelar momentos agradáveis da vida particular e profissional. Como este aqui. Um certo dia, minha amiga Irah Caldeira procurou-me no Estúdio, lá pelos idos de 2006, quando ela lançava seu CD "Entre o Calango e o Baião". Fiquei desde logo lisonjeado pelo subtítulo, porque foi extraído de uma música que escrevi especialmente para ela, "Aperta o Nó" (entre o calango e o baião). O texto que pontua a edição deste vídeo-promocional foi escrito por um poeta palmarense, que à época eu, -por culpa da falta de tempo para acompanhar o movimento literário de Pernambuco e do Brasil- agarrado ao trabalho 10 horas por dia, ainda não conhecia. Tempos depois, ou seja, em setembro de 2011, vim (pela mão de Leonardo Dantas- conhecer essa grande figura humana, escritor premiado, de méritos incontestáveis, autor de vários livros importantes para a nossa literatura: Luiz Berto escreveu um texto para a capa do CD de Irah que diz tudo dessa mineirinha/pernambucana que desde então marcou em definitivo seu lugar na nossa Música. Irah é uma estrela de grande magnitude e brilho e muito me honrou a oportunidade de escrever,em melodia e poesia, a sua trajetória das Gerais ao Sertão pernambucano. Irah participou comigo da edição e montagem desse pequeno vídeo, e nele estão o texto de Luiz Berto interpretado por meu sobrinho, o excelente locutor Pedro Augusto Monteiro, pontuando uma trilha sonora rica de regionalidade.
Falar de Irah Caldeira e sua bondade, sua simpatia e carisma é muito fácil. Sua carreira, feita com garra e tenacidade, é o coroamento de uma vida de luta, estudo e dedicação à sua arte. Seu canto é puro como as cachoeiras de Minas Gerais e cativante como as serras, as cidades, as tradições, o povo, e tudo quanto diz respeito àquele Estado tão querido por todos os brasileiros. Irah é a síntese da mineirice que o Brasil aplaude. Deixemos que Irah cante a sua saga, trinando como um rouxinol a sua música, transformando em dança e rítmo toda a sua alegria e continue nos apaixonando com o seu jeito puro de ser e de viver. Obrigado Irah, por um dia ter entrado pela porteira do F Studio, você que é, hoje e sempre, um patrimônio da terra pernambucana.