quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CRÔNICA PARA UM ESQUILO


            Eu sei onde ele mora: a 5 metros de altura, último buraco de frente para o Norte, no tronco de um velho pinheiro morto e seco, numa área de preservação de florestas, bem atrás da casa do meu filho, em Duvall.
           Nesse buraco no tronco, cavado por um pica-pau azul, está guardando suas provisões para o Outono/Inverno que se avizinha.
            É arisco esse meu novo amigo, como todo esquilo que se preza.  Escapole correndo pelas cercas dos "backyards" das casas do Condomínio.  Às vezes parece voar.  Como no dia em que descobri onde ele mora.   Saltou numa distância de mais de um metro sobre o vão do portão da cerca, correu pela cerca do vizinho, deu um salto enorme até o galho mais baixo do seu pinheiro-edifício, subiu como um raio castanho pelo tronco cinza e finalmente chegou à sua morada.
            Mas dois dias antes eu o havia flagrado.  Por uma fração de segundo, na sua olímpica corrida, ele parou de repente.  Diante da minha lente, permitiu-me apenas um disparo.  Um milissegundo de emoção.  No "take" seguinte capturei somente o rastro borrado da sua longa cauda.  Para mim, foi o suficiente.      
            Esquilos podem ser amigáveis, mas somente nessa ordem de suficiência..  Milissegundos para uma pose.  Eles têm muito o que fazer, na sua luta pela sobrevivência no gelado inverno daqui... See you later, Mr Squirrel  !... I hope...