Recebi, ontem à tarde, um presente especial do meu amigo o Professor, Economista, Compositor Inaldo Lima. Desta vez, não era um dos seus discos de frevos e marchas de bloco, choro ou valsa, para alguns dos quais escrevi o texto de capa. Era um disco que representa, para mim, a coroação de duas carreiras gêmeas, as carreiras brilhantemente musicais e ternas das suas filhas gêmeas Maíra e Moema. Garotas mais que especiais, geniais, que conheci ainda muito jovens, pois foram colegas de turma no segundo grau, da minha filha Tatiana.
Maíra e Moema que até hoje confundo, por pessoas lindas que são. Não arrisquei, sequer, colocar nas legendas das fotos os seus nomes, porque poderia acontecer vir a confundI-las, mais uma vez.
Não sou bom de fazer resenha de disco. Temo, na paixão que tenho pela música, cometer injustiças de julgamento. Então, para evitar isso, vou tentar resumir o que penso deste trabalho em algumas palavras.
De início, reporto-me a um texto que escrevi sobre o pai delas. Nele dizia, resumidamente que Inaldo, então recém-aposentado comprovava sua musicalidade acumulada desde o tempo em que foi clarinetista da Banda do Liceu Pernambucano, extravasando naquele trabalho ("Frevos de Bloco Para Todos os Gostos e Desgostos", um disco experimental que ele próprio produziu com samplers de computador), toda uma "represa de talento", por tantas décadas acumulado.
Capa do CD CHORO BRASIL-Tempo de Choro |
E qual foi a minha surpresa, ao ver repetida pelo grande músico Maurício Carrilho, que apresentou o CD, essa ideia, referindo-se -obviamente- às doces musicistas num trecho que aqui transcrevo, por oportuno: "Acho que o compositor passa um grande tempo da sua vida armazenando informações e as digerindo e transformando. Na maturidade, o resultado é um rio de música que corre solto".
Nada mais coerente: Bons frutos não nascem de árvores estéreis.
Escolhi, para mostrar a vocês uma faixa que me agradou demais (embora todas tenham-me agradado demais...) Chama-se "Reflexo" e ilustra, no título, o que acontece na vida dessas gêmeas de corpo, alma e instrumentos: bandolim e cavaquinho se entrecruzando, se confundindo numa sonoridade única, fusão de notas e sentimentos puros, femininos, angelicais, muito embora denotem o poder da correnteza de um Rio de Doçura, que nos encanta e nos arrebata para uma Praia de Felicidade.
Obrigado, Inaldo, pela oportunidade de ter no meu Blog essa família maravilhosa e musical. Parabéns, Maíra/Moema, vocês são demais !