segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MINI-TRIATHLON, POR QUE NÃO?

Na linha de chegada, em primeiro lugar
na categoria "Veteranos-acima de 35 anos"
Eu tinha 42.
Vocês devem ter notado que eu passo muito tempo sem postar nada sobre exercício e esporte.  Às vezes tenho até vontade de suprimir esse marcador. Mas, como sempre tem alguém interessado, vou mantendo.

E para os interessados, surgiu-me agora a vontade de falar sobre um esporte pouco praticado e muito menos disputado, ainda: Triatlhon.   Essa reunião de três esportes que se combinam de forma extraordinária tem tudo o que uma pessoa precisa para movimentar todos os músculos do corpo, mesmo, senão vejamos.

Na natação usamos muito mais os membros superiores do corpo, ficando as pernas -num trabalho de mais resistência que velocidade- encarregadas de manter o equilíbrio e direção do nadador; em seguida, no ciclismo, os membros superiores são menos utilizados, e o trabalho das pernas fica mais evidente, embora facilitado pelos mecanismos da bicicleta (principalmente se têm câmbio ajustável); finalmente, na corrida, usam-se indistintamente pernas e braços, claro que com muito mais esforço para os membros inferiores. 

É, portanto, atingido um grau de uso máximo dos nossos membros e -ainda assim- com uma dinâmica particular para cada um deles.

Antes de mais nada, por que acontece essa espécie de "medo" de correr o triathlon?  Creio que a modalidade amedronta até os mais destemidos maratonistas.  E sem a mínima razão. 

Ocorre que convencionou-se que o IRONMAN (que na verdade é uma prova de -podemos chamar assim- Super-Triathlon e tem doses cavalares para qualquer atleta de excelência.  São 3.800 metros de natação no mar, 180 quilômetros de bicicleta e 42,2 de corrida, ou seja, uma Maratona (o que por si mesmo é uma prova massacrante.)

As distâncias do Triathlon Olímpico não são assim tão impossíveis, para quem está em boas condições físicas.  Compreendem 1.500 metros de natação, 40 quilometros de bicicleta e 10 de corrida. 

Observem que a proporção entre as provas é de 1,5 / 40 /10.  Se quisermos correr essa prova com toda segurança nos nossos treinamentos iniciais para o triathlon olímpico, podemos atribuir qualquer distância observando essa proporção.  Foi assim que eu sempre treinei, quando me preparei para o único triathlon da minha "carreira" de desportista. 
Um diploma conquistado a duras penas. Não havia medalhas
para veteranos (a partir dos 35 anos) porque imaginaram
que nós não terminássemos a prova.
Como já publiquei, aqui mesmo no blog, participei de uma prova promovida pelo Exército Brasileiro, em Olinda, 1988, cujas distâncias foram simplificadas, justamente para tentar popularizar o esporte.  Corremos então 750 metros de natação, 15km de bicicleta e 7 de corrida, ou seja um meio-triathlon.

E por que não começarmos com 15, 20 ou 30 % de um triathlon olímpico ? Somente para testar e passar a gostar (ou não) do esporte?

Por isso tudo, resolvi que, pelo menos um dia na semana, vou praticar novamente essa modalidade tão divertida. Comecei, neste feriado de 7 de setembro, com pouco mais de 15% das distâncias, isto é,  225 metros de natação (9 voltas numa piscina de 25 mts), 8.200 de ciclismo e 2.550 de corrida.  Simples demais. Qualquer atleta que faça os três esportes em separado conseguirá uni-los num bloco só.

Pretendo aumentar os percentuais (mas não tenho mais pretensões de voltar a competir mesmo) e cumprir até 30% ou 40 % da prova.  Até lá, vou nadando, pedalando e correndo.  

A logomarca que criei em 1988 para a "equipe do eu sozinho"