sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

TRÊS EM UM (SEGUNDA PARTE)

Feito no tempo dos seriados, lá vai o final do primeiro capítulo da minha experiência com o Triathlon:

"Resumindo, passei pela segunda e terceira bóias com muita tranquilidade e, 16 m e 34 segs depois, na 41a. posição, venci os 700 metros da etapa e corri pela areia rumo à minha bicicleta."
Pois bem... Como eu já tinha dito, você sai do mar meio tonto, depois do esforço de nadar, com a garganta muito seca e os braços meio desarticulados. Mas as pernas (ainda) estavam inteiras e parti com gosto pra cima da minha "magrela".. Bicicleta pobrezinha, coitada.. Em meio a tantas máquinas de luxo, a maior parte japonesas, americanas, praticamente todas de alumínio, com belas engrenagens entre 15 e 21 marchas, a minha velha Caloi Peri tinha só 3 marchas.
Uma "coroa" e 3 "catracas", para falar em termos mais populares no ciclismo. O único luxo que dei para a pobrezinha da minha "magrela" foi um par de pneus de uma polegada, um selim "concorde"e um guidão esportivo, de aço mesmo, pois o de alumínio tinha um preço proibitivo..
Mas a Caloi estava afinadinha comigo e, pensando bem, ninguém usa mais que 3 marchas mesmo, não é verdade?.. Bom.. ganhei a Av Getúlio Vargas e usei da minha tática infalível, aprendida num jocoso comentário de um corredor de maratonas americano, citado pelo mestre das corridas Jimmy Fix (ainda vou falar desse guru por aqui !): "minha tática é simples... começo a toda velocidade que conseguir e vou aumentando até chegar à meta" !
Pois foi isso que fiz: pedalei com muita garra e consegui galgar mais quatro posições, terminando em 37° lugar na etapa de ciclismo, com o tempo de 34m25s para os 15 km de percurso. A bicicleta tinha que ser largada no pátio do Quartel do 4° Batalhão de Polícia do Exército, que deu todo o apoio à prova.
Foi o que fiz.. Pulei da Peri e já saí dali correndo desajeitadamente.
(continua no próximo episódio, o final..)

TERNURA ANTIGA

Anos atrás, publiquei muitas fotos num site de fotografia em que compartilhavam o espaço fotógrafos amadores, como eu, e profissionais do mais alto nível, assim do Brasil, como da Europa e de outros lugares do mundo. Chamava-se "Photografos". Essa época me deu muitas alegrias.
Receber elogios e comentários de colegas amantes da arte de "escrever com a luz", tradução literal para "fotografar", é muito gratificante e, ao mesmo tempo, receber uma crítica construtiva dos mais observadores, ou um conselho inteligente dos mais sábios, no sentido de melhorar sua técnica e sua maneira de olhar o mundo, também.
Comecei a gostar da fotografia muito cedo, vendo meu pai, também fotógrafo amador, usar sua câmera "Flex-A-Ret" e acompanhando-o no seu improvisado laboratório, a revelar negativos e ampliar suas belas fotos de família e de viagem.
Meu Pai e minha Mãe se foram ano passado.. Ainda velhinhos eu os fotografei e filmei muitas e muitas vezes, na ânsia de guardar suas imagens físicas e de congelar num papel suas emoções, o brilho dos seus olhos e do seu sorriso carinhoso. Casaram-se em 1942.  Em 2010 completariam 68 anos de casados, em 72 de convívio harmonioso.