Galeguinho, assessor despedido injustamente |
A Coluna do Augusto Nunes, na VEJA, tem uma Seção que eu adoro ler, para desopilar o fígado e comentar. Pois, antes de começar a minha ODE AO BODE, gostaria de transcrever -por oportuna- esta jóia de humor do Mestre Augusto, no citado "Sanatório Geral":
“Ele é meu assessor há 13 anos, estava fora da empresa, realizou comigo um bom trabalho, mas ele mesmo percebeu que estava gerando distorções políticas e saiu”. Henrique Alves, deputado federal (PMDB-RN), explicando a 22 colegas num jantar convocado pela dupla Sérgio Cabral e Eduardo Paes que a empresa Bonacci, beneficiada por repasses orçamentários pelo candidato a presidente da Câmara, não era dirigida por seu assessor Aluizio Dutra, mas pelo bode Galeguinho, único funcionário encontrado no terreno que servia de sede para a firma fantasma.
ODE AO BODE
Estava tão feliz no seu emprego
e era assim um cidadão comum,
sem nunca precisar fazer jejum,
a nada conseguia ter apego.
Porém um dia se foi o sossego
e então aconteceu um remoinho,
tirando-o daquele doce ninho.
O seu patrão foi pego em enrascada,
de tanta falcatrua e marmelada...
e a culpa foi cair no Galeguinho
Um pobre bode esguio e tão branquinho,
simpático e amado pelas cabras,
tornou-se, nessas invenções macabras,
a vítima de um caso tão mesquinho
mais um a ser jogado ao Pelourinho !
E sujo, feito um chão de mictório,
saiu como quem vai para um velório,
da porta da antiga moradia,
na qual ganhou seu pão como vigia..
Tornou-se um mero bode expiatório !