Neste Dia das Mães, uma alegria
A pulsar neste mundo sem fronteira
Cada filho hasteia uma bandeira
Da Rainha que ao mundo contagia.
E eu recordo a beleza de Maria,
Minha mãe tão querida e hoje ausente
Mas que em meu coração se faz presente
Quando a dor traz real necessidade
A PALMADA DA MÃE NÃO DÓI METADE
DAS PALMADAS QUE A VIDA DÁ NA GENTE
Muito poucas levei e tão macias
Eram raras as doces reprimendas
De minha mãe, eram quase oferendas,
Do amor que em seu peito ela trazia
E em vez de chorar, eu quase ria
e a fazia sorrir em tom clemente
E assim, nesse amor tão conivente
Aprendi com essa deusa de Bondade
Que a palmada da mãe não dói metade
Das palmadas que a vida dá na gente
A Mãezinha eu chamava "minha Santa"
Nos seus braços teci um doce ninho
Ela só me chamava "Fredezinho"
E agora a Saudade me aquebranta
Feito um nó apertando-me a garganta
O seu rosto surgindo em minha mente
Faz surgir no meu peito uma dor pungente
Que só vem aumentando com a idade
A palmada da mãe não dói metade
Das palmadas que a vida dá na gente
Hoje choro ao lembrar do seu semblante
Mesmo assim a esperança me domina
Pois eu sei que na estrada que termina
Há uma luz de um azul muito brilhante
É o olhar de Mãezinha, inebriante,
Qual perfume de rosas do Oriente
Que me toma em embriaguês crescente
E que faz-me voltar à tenra idade
A palmada da mãe não dói metade
Das palmadas que a vida dá na gente