Estivemos no Vale do Catimbau em 1993, quando ele não era ainda esse Parque Nacional hoje conhecido e difundido pelo Brasil e pelo mundo afora. Nessa vida de viajantes, desde as primeiras aventuras de “camping selvagem", como era conhecido o nosso lazer aventureiro, viajávamos desfrutando ainda de um Brasil meio desconhecido. Tanto assim é que -em 1988 - a primeira vez que visitamos a Chapada Diamantina, sequer havia um Hotel por lá. Acampamos numa área particular completamente improvisada, que hoje é conhecida como Camping da Lama... Já em 1990, quando voltamos, além de um esboço de uma Associação de Guias da Chapada, começava a ser construído um pequeno hotel (no qual nos hospedamos) chamado “Pousada Canto das Águas”. Agora em 2010, terceira viagem à Chapada Diamantina, verificamos que o “Canto das Águas” é um ótimo Resort, muito bem decorado e com a localização fantástica que tem desde o início da sua construção e que lhe justifica o nome.
No Vale do Catimbau também foi assim.. Não havia nada além de um pequeno convento de freiras, que oferecia pouso às pessoas que se aventuravam para conhecer a região. Nunca mais estive por lá (pretendo voltar). A beleza agreste do lugar convida à meditação e os seus horizontes recortados por pedras e morretes dão uma intensa sensação de paz e comunhão com a natureza rústica do lugar. Uma figura humana de grande carisma marca toda a história do Vale do Catimbau. Tive o prazer de conhecê-lo, de conversar com ele por um dia inteiro, de ouvir suas histórias fantásticas, de admirar a sua tenacidade de levar adiante suas idéias para a construção de um mundo mais justo e pacífico.

Recomendo, aos interessados, um vídeo em duas partes, postado no YouTube pelo
documentarista Luca Pacheco, com fotografia excelente de Nildo Ferreira