Marilyn, a musa |
Dia desses li por aí um comentário descendo a ripa nos sujeitos autobiográficos.
Fiquei com medo de ser um desses. Por que? Porque eu talvez não tenha ainda conseguido sair de um mundo pequeno, esse meu mundo que eu conheço um pouco melhor do que o “lado de fora”. Então raramente me arrisco a botar a cabeça na porta (ou levantar as persianas, abrir os postigos, diriam os mais antigos).
Tropic Cinema, na Eaton Str, em Key West-FL |
E fico circulando fatos e pensamentos mais ou menos meus, sem muitas pretensões de analisar a alma de outrem ou tentar explicar o que não entendo ou, ainda, fotografar o que eu não vi. E torno a remoer lembranças do que realmente me envolveu, das coisas que vivo ou vivi e que me marcaram de forma mais ou menos intensa.
A musa repete a pose para o fã |
Puxou a namorada pelo braço, entregou-lhe a câmera e suplicou: - Desculpe, amor, mas você vai me fazer esse obséquio. Eu quero beijar Marilyn !
Ela sorriu, empunhou a câmera e fez não somente uma, mas várias fotos.
O garoto beijou Marilyn, enfim, mas com todo o respeito, na face, mesmo.
Sonho de menino, enfim realizado |
Um beijinho de fã adolescente, coisa sem muita importância. E o melhor : ela não revidou seu atrevimento com aqueles tapinhas que sempre acompanhavam os beijos, mesmo inocentes, naqueles filmes em branco e preto, dos anos 50.
Troféu conquistado, sonho realizado, desceu a rua e entrou na primeira Sorveteria, duas quadras adiante.