Uma prova do quanto tinha razão Antonio Maria, jornalista recifense radicado no Rio de Janeiro, autor de uma série de frevos sobre o Recife, está escrita em sua belíssima música, hoje um clássico da MPB, consagrado na voz de Maria Bethania (Frevo n. 2 do Recife):
“Quando eu me lembro
O Recife tá longe
A saudade é tão grande
Eu até me embaraço
Parece que eu vejo
O Haroldo Matias no passo
Valfrido e Cebola, Colaço
Recife tá perto de mim
Saudade que eu tenho
São maracatus retardados
Que voltam pra casa cansados
Com seus estandartes no ar..”
Hoje de madrugada, recebi do meu filho Fred, um email em que anexava um vídeo feito às pressas, improvisado mesmo, em que ele -tocando cada um dos cinco instrumentos de um regional de cordas (violão, bandolim, cavaquinho, pandeiro e triângulo) e mixando-os num único vídeo, executa o frevo CORISCO, do saudoso compositor e amigo Lourival Oliveira, um paraibano/pernambucano do coração mais recifense e frevista que eu conheci.
Transparece desde logo a saudade do Recife, da família e das coisas da terra, nesse vídeo.
Exilado por força da profissão (Fred é Engenheiro de Software da Microsoft) e morando em Duvall, no Estado de Washington-USA, tem ele uma paixão imensa pela terra natal. E a demonstra aqui, de forma bem significativa. Ainda ontem, numa mensagem no facebook, dizia que: tudo o que eu queria era estar agora com meu banjo, acompanhado um bloco de pau e cordas no Recife.
Fred e meu neto Diogo, longe, muito longe do Recife |
Tal pai, tal filho!
ResponderExcluirAdmiro muito vocês!
Pó favor leia no Aurélio todas as palavras elogiosas, invente mais umas tantas e considere-as como expressão do meu sentimento e admiração por vocês.
Beijos Dudue
Elogio de vc não vale, Dulce, porque é tia coruja e irmã coruja também..Tudo bondade da pessoa maravilhosa que vc é.
ResponderExcluirShow de bola Fred e Fred.Um abraço do Adalberto (Frevo Prato Misterioso Rio).
ResponderExcluirObrigado, pelo meu filho, Adalberto.. Minha participação aqui foi somente divulgar o amor dele pela Terra e pelo Frevo :-)
ResponderExcluirGostei... Talento e criatividade a toda prova,no melhor estilo Playing For Change. http://playingforchange.com/
ResponderExcluirSaudade do Mestre "Louro" como chamavam Lourival Oliveira.
Obrigado Paulo pelo comentário.. Lourival, já velhinho e doente, participou com um belo frevo (Rapapé) do meu CD Cibernética do Frevo. Bem nesse seu estilo alegre e com a segunda parte do frevo virando um baião gostoso de ouvir e dançar, característica de toda a sua série "Cabras de Lampião" que tem em Corisco o seu melhor representante, na minha opinião. Pois bem, quando o disco tinha acabado de ser masterizado, fui até sua casa, em Santo Amaro e o levei até o estúdio. O Mestre Louro, emocionado ao ouvir o frevo, entre lágrimas, falou: " Eu nunca pensei que antes de morrer ia ouvir uma orquestra toda feita em computador tocando um frevo meu". E deu-me um abraço que jamais esquecerei. Louro faz muita falta mesmo, com o seu sorriso bonachão e sua simplicidade matuta!
ResponderExcluirVerdade, na sua simplicidade e grande sabedoria foi um conselheiro no início da minha" vida de músico. Pena ter ido tão cedo.
ResponderExcluirGostei do ritmo!É ótimo!
ResponderExcluirO frevo é o ar que o pernambucano respira, Egon..principalmente nesses dias de carnaval que estão se encerrando. Obrigado pela presença e pelo comentário. Volte sempre !
ResponderExcluirCaros Fred e Fredinho, foi com muito prazer que tomei conhecimento, através da Polyana, desta postagem (homenagem) da música do meu querido avô "Val" como o chamavamos, "Seu Louro" para muitos como lembrado anteriormente. Obrigado pela lembrança, ele está eternizado em todos nós que lembramos das suas músicas e das suas "estórias"!!!
ResponderExcluirGustavo Oliveira da Rocha
Caro Gustavo: Prometo que vou postar, qq dia desses mais uma versão de Corisco, frevo que eu e meus filhos amamos. Não sei se vc já teve oportunidade de ouvir essa gravação, que fizemos com o nosso conjunto de choro doméstico "Chorando à Toa".. Corisco ali foi interpretado por Enrico, nosso caçula, na flauta doce, eu no banjo-tenor e Fredinho no pandeiro. Abração e para todos da família de nosso querido Louro.
ResponderExcluirComo passei o Carnaval praticamente em casa, pois Gabi pegou uma dengue no início da semana pré-momesca, o rádio ficou ligado 24h na Universitária FM, que, como todos de Recife sabem, só toca frevo durante o Carnaval. Eis que um dos programas foi um documentário sobre a história desse nosso rico e tão peculiar estilo musical abordando sua evolução e história, onde um dos módulos foi justamente sobre a obra "Outra Cabras de Lampião", de Lourival Oliveira! Marcantes também são "Cocada" e "Maria Bonita". Salve sua obtá!Belo improviso do conterrâneo Fred! Espero que em 2013 você e sua família possam estar presentes e aproveitar essa "Janela de Magia" em notas vidas que é o nosso precioso carnaval.
ResponderExcluirCícero Moraes
Saudades....
ResponderExcluirAlexandre e Poly.. Para os que conheceram o Louro e com ele conviveram essa ausência realmente pesa. Alegria a toda prova.
ResponderExcluirNão sei quem é mais doido!!!:)
ResponderExcluirTá fantástico!
:D
tati
Eu sei.. todos nós. é a genética, baby !
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