Hoje, Claudionor Germano, a Voz do Frevo, completa 80 redondos anos. Nascido em 19 de Abril de 1932, tornou-se conhecido em todo o Brasil pelas antológicas gravações das músicas de Capiba e Nelson Ferreira.
Conheço Claudionor, primeiro como fã, desde que me entendo por gente e comecei a gostar de frevo. Sua voz, interpretando sucessos de Capiba e Nelson Ferreira, em pot-pourris que entraram para a História da Música Pernambucana, varava noites e madrugadas pelos altofalantes das ruas do Recife, nos dias de Carnaval, animando os palanques de frevo das ruas Nova e Imperatriz e se destacando nos clubes sociais em que se apresentava com as maiores Orquestras da cidade.
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| O Mestre Claudionor Germano canta no F Studio |
Depois, já inserido no mundo artístico dos anos 60, conheci Claudionor pessoalmente, quando por vezes coincidiam apresentações no Rádio e TV Jornal do Commércio.
Agora, algumas décadas depois, tive –por três vezes- a alegria e o orgulho de ser incluido no repertório do Mestre Claudionor: em três ocasiões distintas ele deixou registradas melodias e palavras dos meus frevos-canção “Sol na Moleira”, “Pimenta no Pé” e, no disco em que ele comemorou o Centenário do Frevo, “Coração Recifense”.
“Pimenta no Pé” e “Sol na Moleira” ganharam arranjos do Maestro Edson Rodrigues e acompanhamento da sua Orquestra. “Coração Recifense”, arranjo do Maestro Spok e acompanhamento da Orquestra Spok Frevo.
Nesta última, principalmente, Claudionor deixa passar uma emoção juvenil, quando exclama com todo o entusiasmo num trecho da letra: “Batuca Nação Pernambuco e mostra a esse povo porque se resiste “
Claudionor é isso: a resistência do Frevo e da Raça, que ele propagou e assumiu durante quase 70 anos de carreira e 80 de idade.
Trago aqui para o Blog minha homenagem a esse grande Cantor, relembrando e apresentando para os que não as conhecem, duas dessas músicas. Ouçam, clicando nos players.
Coração Recifense
Pimenta no Pé
Boa, meu querido! Vamos homenagear os mestres incansáveis.
ResponderExcluirUm abraço!
CLAUDIONOR GERMANO - Um dos maiores cantores da Música Popular Brasileira, consagrado, não apenas em Pernambuco - todo o Nordeste o admira -, Claudionor Germano da Hora, um pernambucano nascido no dia l9 de abril de l932, pode-se dizer, é um dos mais autênticos valores criados à época da sempre lembrada ERA DE OURO DO RÁDIO. Ainda criança, apresenta-se no Teatro Santa Isabel, no Recife, num programa de homenagem aos Pracinhas Brasileiros. Na oportunidade, é colocado no palco pelo maestro Nelson Ferreira, tendo cantado a música VISTAS DO BRASIL, ao lado do então ídolo nacional Orlando Silva. Uma grande emoção para o ainda menino Claudionor, à época, carinhosamente chamado de NOQUINHA. Algum tempo depois, convidado por Inaldo Vilarim, forma no conjunto ASES DO RITMO, tendo a oportunidade de gravar, em acetato, alguns jingles comerciais e políticos, valendo destacar a marcha NA HORA H, de Nelson Ferreira, composta de encomenda para a campanha de Agamenon Magalhães, eleições para o governo do Estado de Pernambuco, realizadas no ano de l950. Na verdade, a estréia de Claudionor em discos comerciais acontece com o frevo-canção BONECA, de José Meneses e Aldemar Paiva, carnaval de l953, a outra face da gravação COME E DORME, frevo de Nelson Ferreira, em homenagem ao Clube Náutico Capibaribe. O detalhe é que essas gravações compõem o primeiro disco da Fábrica Mocambo, número l5.000. Intérprete preferido de Capiba, também de Nelson Ferreira. Responsável pelo lançamento do samba A MESMA ROSA AMARELA, de Capiba e Carlos Pena Filho, um clássico da Bossa Nova. Em l967, toma parte no Festival Internacional da Canção. Em pleno Maracanãzinho, com muita emoção, defende o baião SÃO OS DO NORTE QUE VÊM, de Capiba e Ariano Suassuna. Vinte mil pessoas o aplaudem. Claudionor obtém uma honrosa quinta colocação no concurso. Ídolo dos auditórios. Cognominado Mister Frevo, embora também seja excelente cantor romântico, para muitos, o melhor intérprete da música do carnaval pernambucano, não há como se pensar em carnaval sem a sua presença. P A R A B É N S!
ResponderExcluirGrande Samuel Valente, um dos maiores pesquisadores e colecionadores da música brasileira. Seu depoimento neste modesto blog me deixa pra lá de honrado, tanto quanto Claudionor me deixou ao gravar esses meus 3 frevos. Grande abraço, meu caro amigo.. e aguarde que vou postar matéria contigo na seção "Memórias do F Studio" !
ResponderExcluirOlá Fred! Estou procurando o contato com o colecionador Samuel Valente. Li em um site a entrevista dele e fiquei curioso para conhecê-lo e trocar umas ideias. Coincidentemente vim parar no seu blog. Aliás, sabendo eu que o colecionador é pernambucano, já devia imaginar que você o conhecesse. Se puder me colocar em contato com ele, eu ficaria muito grato.
ResponderExcluirSeu blog continua ótimo. Para conhecer de verdade o Pernambuco e sua gente, o Se7e Instrumentos é uma ótima introdução :)
grande abraço!
Obrigado, amigo Augusto, pelos elogios ao blog. O Samuel é um amigão há décadas. Gente finíssima, coração enorme, de um amor pelo frevo e pela música brasileira em geral incalculável. Vou te mandar o email dele, ok? Abração!
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