segunda-feira, 26 de novembro de 2012

MEMÓRIAS DO FSTUDIO - 11 - BETO DO BANDOLIM

Beto do Bandolim, em ação

Um grande amigo, um imenso músico, compositor, arranjador e, mais que isso tudo, um grande ser humano.
Gravei 3 CDs com o Beto do Bandolim (Adalberto Cavalcanti) e em todos eles me surpreendi com a qualidade da sua execução.  Beto é, sem dúvida nenhuma, um dos maiores bandolinistas do Brasil.  Além do que, como compositor, escreve belíssimas páginas musicais em todos os gêneros, dedicando-se principalmente ao chorinho e ao frevo.

Campeão de Festivais, agenda cheia o ano inteiro, Beto toca e compõe de tudo e na área da música nordestina é muito solicitado para gravações, o que faz com perfeição, sempre.

Quando inventei o Bloco Cinema Mudo, Beto entusiasmou-se com a idéia e saiu conosco fantasiado de "Carlitos", brilhando com seu bandolim pelas ruas do Recife Antigo.  Um perfeito ator, reproduzindo todo o gestual e até as características físicas do Mestre Chaplin, do qual é fã confesso.

No Bloco Cinema Mudo (Beto é o Carlitos, à direita)
 e da esquerda para a direita eu, (o Magro),
a melindrosa Dalva Torres e  Fred Filho (o Gordo)
Gravamos os CDs " Um Bloco em Poesia ", "Inspirações" e  "Felix Silva - Cantando com o Coração", um disco de seresta co-produzido por nós e que contou com a participação brilhante de Dalva Torres, Henrique Annes, Bozó 7 Cordas, Valdemir Silva (flautista), e outros feras da música pernambucana.

O que mais gostei de ter feito, foi Inspirações.  Um dos primeiros trabalhos autorais de Beto, contendo frevo-de-rua, valsa, maxixe, xote, baião, seresta e polka.  Inspirações, que deu nome ao disco é um choro fantástico que ele fez em parceria com o imortal Rossini Ferreira, que escreveu a segunda parte e o qual reproduzo aqui.  


O frevo-de-rua, foi um presente que o Beto me deu e do qual muito me orgulho.  Chama-se  "Pé-de-Vento" , apelido que ele me concedeu, por conta da minha condição de Maratonista. É um frevo de execução bem difícil, dada a intensidade do ritmo, que Beto sabe explorar muito bem, calcado nos poucos frevos para bandolim de autoria do imortal Jacob.  Reproduzo-o, a seguir.


Dos tempos da minha primeira sala (aquela foto de cima já foi feita na mais recente), tenho esta foto com o Beto e seu bandolim e eu, dando uma da flautista, coisa que nunca fui (mas que tive vontade de aprender esse instrumento, isso tive!)

Bandolinista de ouro e Flautista de araque
Somente para provar que não estou exagerando quando digo que Beto é um multi-artista, mostro aqui um outro presente especial: a minha caricatura (ele é exímio caricaturista e se diverte desenhando os colegas enquanto espera sua vez de gravar).  Fiz uma montagem do desenho sobre a partitura da melodia, devidamente oferecida, como vocês podem ver aí abaixo.

Parti-cari-catura
Resumindo, um dos grandes momentos do FSTUDIO com Beto, foram vários, porque além dos seus discos  o meu querido amigo Adalberto Cavalcanti foi assíduo frequentador do meu modesto estúdio, tocando dezenas de vezes com os conjuntos e Orquestras que comigo gravaram.

2 comentários:

  1. Fantástico, meu querido! Aos poucos, você vai registrando a memória da música pernambucana! Ainda bem!

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    1. Grande Bruno ! Aguarde para amanhã uma referência a Tati e a você, ainda na Bande Ciné. E muita coisa mais vai rolar das minas lembranças musicais e de amizade nesses 18 anos de FStudio.. É uma vida, né? Abração, meu querido!

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