Quem acompanhou até aqui a série de postagens sobre o aniversário de 7 anos dos "Guerreiros do Passo" não perdeu por esperar.
É que hoje, encerrando esta homenagem, trago para vocês um espetáculo de grande significado para todos nós brasileiros e pernambucanos que valorizamos a nossa cultura tão rica e diversa.
Contar história através de livros, de filmes, de fotografia até que pode parecer fácil, com toda a tecnologia da comunicação desenvolvida até os nossos dias.
Mas fazer isso utilizando a linguagem corporal, a dança, a vestimenta, o sentimento de viver a história que se conta, é bem diferente. E além de tudo cativante. Para quem atua e para quem interage assistindo e aplaudindo.
É isso que os Guerreiros fazem, e muito bem. Vendo essa apresentação, lembramo-nos de cada palavra, de cada fato apresentado numa das mais importantes obras sobre o frevo: "Frevo, Capoeira e Passo", do Mestre Valdemar de Oliveira.
E nos encantamos com a evolução conjunta da música e da dança (o frevo e o passo); e nos deslumbramos com o descobrir disso tudo. De como, desde o final do século 19, início do século 20, os brabos e capoeiras recém-libertos se enfrentavam em lutas sangrentas à frente das bandas miitares, disfarçando suas pelejas renhidas e mortais em "combates" de movimentos cada vez mais complexos.
Tudo isso, veio a se tornar numa verdadeira enciclopédia coreográfica: o "passo" que, sempre aliado à música oriunda da transformação dos compassos binários das marchas militares, amalgamados com outros ritmos das mais diversas origens fez nascer esse nosso patrimônio único chamado "frevo".
Quem viveu intensamnte a organização sistemática de tudo isso, passando aos seus alunos os segredos dessa rica coreografia foi o amazonense "Nascimento do Passo", o mais apaixonado e carismático Mestre que entreviu desde que aqui chegou a beleza plástica da dança aliada à intensidade rítmica da música do frevo.
E surgiu assim um real e valoroso "Método de aprendizado" que ele transmitiu e que vem sendo repassado com toda proficiência pelos nossos Guerreiros. Eles nos trazem a certeza de que o frevo e o passo terão vida longa. Com a determinação transmitida pelo Mestre Nascimento, levarão pela frente (e os seus seguidores também) a bandeira da nossa dança mais expressiva.
Como é gratificante ver um produto nascer, tomar forma e vê-lo bonito com uma emoção transbordando pelos poros. Tenho assistido essa apresentação por muitas vezes, e dizer que fazia parte dela também, mas, por um problema no joelho, fui obrigado a apenas olhar. Mas confesso que toda vez que vejo é uma sensação diferente. E assistir o espetáculo pelas lentes do meu amigo Fred é maravilhoso, que coloca um tempero a mais nas imagens e um brilho interessante de um entendedor da cultura pernambucana, um autentico carnavalesco e folião dos melhores. Reafirmo meus agradecimentos por tudo que você tem feito e demonstrado pela lembrança do grupo.
ResponderExcluirAbraços.
Eduardo Araújo
No dia 14/09, segue a minha homenagem...
ResponderExcluirNARRA FREVO
( Lailton Araújo / Luiz Pintor )
Intérprete: Banda Moxotó
Que som gostoso eu ouço em noite de lua
Linda canção que fala do povo na rua
É Pernambuco cantando o poema da terra
Dançando a ciranda na guerra
Dos versos banhados de mar
Ciranda é dança da Zona da Mata
Lá no Recife meu povo saudoso do Janga
Sempre levanta um coro bem forte, gigante
No meio da noite é distante
O som que se expande no ar
Maracatu, folclore que está presente
No coração e no sangue da nossa gente
Nesse frevo eu quero meu povo na frente
Homem valente vive lá no Sertão
Vai meu baião, leva pra toda nação
Essa canção do povo emigrante do Norte
Link Trama Virtual
http://tramavirtual.uol.com.br/musica/tocar/229755/
Abraços.
Lailton Araújo
Grande Lailton.. Bela homenagem, no dia do Frevo a toda a nossa rica cultura que você bem defende em terras sulistas. Obrigado, irmão !
ResponderExcluirVida Longa aos Guerreiros do Passo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirFred, muito bom o vídeo, amei.Ainda bem que o frevo nasceu em PE e como boa pernambucana e carnavalesca que sou pude ser brincante dessa arte popular tão rica de sons,gingados e beleza. Salve o frevo!
ResponderExcluirNadja Spinelli.
Salve, Nadja ! Muito obrigado pelo comentário e apareça sempre pelo Blog. Como estão aí pelo Maranhão ? Abraço pro Zé !
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