Internet é uma coisa boa demais, pra tudo nesse mundo. Ou melhor, pra quase tudo. Tem muita besteira por aqui. Mas, a gente sabendo o que fazer, pode dar bom uso.
Pra mim Internet significa entre outras coisas, ter filho, nora e neto juntinhos da gente, sempre que dá tempo. Feito ontem à tarde. Eles lá, em Duvall, neve caindo, frio lá fora de 3 graus negativos e a gente cá, num calor, lá fora, de 32 positivos.
35 graus centígrados nos separariam; quinze horas de vôo contínuo dentro de um jato, ou quase um dia inteiro, se contarmos o tempo gasto em aeroportos e imigração, também nos deixariam saudosos.
Mas, o milagre acontece na hora em que o telefone toca e a gente liga os computadores. Eles de lá, nós de cá. E a vida em família renasce, nem que seja para uma família separada por um monitor de LCD e umas caixas de som.
É o prazer que nos permitimos, nós e Dona Tecnologia.
Papo vai, papo vem, Diogo resolve ir buscar seu violino. Quer me mostrar a última música que aprendeu na Escola Suzuki, onde estuda o instrumento, em Redmond.
Eu e meu neto começamos praticamente na mesma época: ele, no violino, eu no violoncello.
Ele novinho, aquecendo os neurônios; eu, madurão não deixando os meus esfriarem e juntando mais um instrumento à minha coleção de instrumentos de cordas.
Ele toca, de lá, a cançoneta folclórica Song of the Wind (Canção do vento). Nós, do lado de cá da tela, o aplaudimos: eu, minha mulher e a minha sogra, que estava de visita para ver neto e bisneto.
Corro até o quarto e apanho meu violoncello. Toco para ele a mesma canção. Diogo, bem atento, violino embaixo do braço, ouve o avô tocar seu violinão, como ele chama. Me aplaude também. Com entusiasmo. Com a devoção dos netos.
Momentos de puro êxtase, estes. Pra nós e pra eles. Um pouco de saudade a menos, em seis anos de tanta distância.
Realmente a internet,e a tecnologia é uma coisa boa demais.As fotos ótimas.Passou para nós a felicidade.abraços Egon
ResponderExcluirwww.blogcaminhaodebrinquedo.blogspot.com
Caro Fred,
ResponderExcluirQue bom poder contar essas histórias. Histórias realmente vivida em família. Lamentavelmente, poucas são contadas com tanta verdade. Pois, com a praga das "drogas" as famílias estão em desuso. Peço a Deus que muitas famílias vejam esta magnífica crônica e possam refletir, com verdade verdadeira, no real sentido de família. Parabéns... pelo seu cuidado com a família e com a arte. Cordeiro