"Bandleader". Até mesmo pelas circunstâncias. Ensaiávamos na sua casa, fornecia os amplificadores, carro para transportar a turma, sua paciência e sua amizade. Cara legal, o Zé. Até hoje, o mesmo. Pacato feito o pai, o bom Sr. Antônio, calmo e tranquilo, um Lorde inglês em pleno bairro do Espinheiro. A educação personificada.
Dona Mariinha, a mãe do Zé, era a nossa Madrinha. Sempre providenciando alguma coisa para a gente lanchar. Vovó Calú, a caseira e amiga da família, trazia a bandeja, passos lentos, diria quase estudados, uma ternura só. Riso sedoso, voz macia:
- Olha a hora do lanche. Saco vazio não se pôe em pé.
A turma parava o rock ou a bossa nova e haja brincadeira, confraternização em torno do suco de laranja e dos sanduíches da Vovó Calú.
Na hora do sério, Zé virava empresário. Formal, engrossava mais um pouco a voz, já bastante grave, mais parecendo o contrabaixo que tocava:
- Turma, agora a coisa é pra valer.
- Vamos ser mais profissionais, por favor !
- Ninguém se atrase, pelo amor de Deus..
- Assumimos um compromisso, empenhei minha palavra.
- Existe um contrato assinado !
- Brincadeira tem hora, Djilson..
- WALTER, SEU DISPLICENTE !!
Aí a coisa engrossava e o pau não quebrava por pouco.
(A continuação desse diálogo está aqui: http://www.seteinstrumentos.com/2011/10/minibiografias-dos-tartaros-walter.html )
Extraído do livro "Tártaros: os seis do Recife"
Extraído do livro "Tártaros: os seis do Recife"
Fred,
ResponderExcluirTempos bons aqueles. Tem saudades? Abraços, OC
Mestre Fred Monteiro: Já disse o Poeta popular, em versos, mais ou menos assim:
ResponderExcluir"A saudade é um parafuso,
Que na rôsca quando cai,
Só entra se for batendo,
porque torcendo não vai.
E se enferrujar por dentro,
pode quebrar, mas não sai."
E para os amigos e frequentadores do site do Artista Fred Monteiro, eu lembro que ele faz um excelente sucesso no site:www.bestafubana.com em sua excelente coluna MASCATE DAS LEMBRANÇAS.
Abraços em Fred, extensivos a todos.
Obrigado amigos Otamar e Jorge Macedo pela presença e pelos versos. É como diz o Jorge, Otamar.. a saudade das coisas da juventude permanece na gente, cravada na alma.. fazer o que? Curtí-la com os amigos ! Abração pra vocês !
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