Uma casa-museu já soa estranho aos olhos de quem não tem tantas assim no Brasil.
E uma casa-museu de um laureado escritor como Ernest Hemingway, atrai qualquer turista curioso por saber como vivia uma celebridade do mundo das letras, no início do século passado.
Ainda mais, porque escolheu para viver numa ilha bastante afastada do continente, em meio aos seus gatos, suas pescarias, “margaritas” e charutos cubanos.
Pois muita gente curiosa como nós tem como primeiro destino, logo que chega a Key-West, a maior e mais famosa das “Keys” da Flórida, justamente essa casa-museu de Hemingway.
Muito bem preservada, com jardins maravilhosos, de plantas tropicais e uma enorme piscina, a primeira construída na ilha, a enorme casa abriga um acervo valiosíssimo de quadros e móveis rebuscados, entre eles um especial, oferta do seu amigo Pablo Picasso retratando (o que mais poderia ser, senão uma das paixões do escritor): um gato bem “picassiano”.
Há originais dos seus livros por toda parte, como se a qualquer momento, ele apanhasse um da estante para folhear. Utensílios da casa demonstram o bom gosto do ilustre morador. Lembranças da guerra que lutou, também estão expostas, como capacetes e medalhas.. E ainda fotos das suas famosas caçadas.
Um ar europeu no quente e seco clima da ilha, refrescado pelas inúmeras palmeiras e árvores de porte e amenizado pelo frescor de um imenso gramado, palco de andança de dezenas de gatos descendentes dos seus famosos “polidáctilos”, animais que –por defeito genético- possuem seis dedos nas patas dianteiras. Não só nos jardins, em toda a casa os gatos são a alegria dos turistas, que os catam com suas cameras a postos, loucos para fotografar suas patinhas, principalmente...
Outra curiosidade felina, e uma prova do amor do escritor e da sua familia, que continuou a preservá-lo, é o “Cemitério de Gatos”, num lugar de destaque nos jardins da mansão.
Mais curiosos ainda, são os nomes dos bichanos.. todos têm nome de artistas de cinema e teatro famosos já naquela época e amigos de Hemingway.. Podemos ler, nas pequenas lápides, o nome de cada um deles e o ano de nascimento e morte: Frank Sinatra, Errol Flynn, Marilyn Monroe, Doris Day, Kim Novak, Zsa Zsa Gabor, Liz Taylor, etc..
Uma obra de arte perpetuada no bronze e até hoje muito útil, é a “fonte dos gatos”, que está situada bem no caminho de entrada da bela residência.
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