10 cordas e um som bem cheio, gostoso de ouvir, a viola sertaneja (ou viola caipira) sempre me fascinou. No tempo das guitarras elétricas dos anos 60, plena efervescência das baladas dos Beatles, aquele som me levava às origens. Inventaram uma tal de "craviola", que também era um desmantelo de boniteza sonora.. Nunca mais ouvi falar das craviolas.. Ficaram somente nas lembranças de talvez meia década de evidência.. Não colou, nem como instrumento de solo, nem como instrumento de harmonia.
As "guitarras de 12 cordas" também tiveram um sucesso temporário e eram comuns, entre o final dos anos 60, início dos 70, preenchendo junto ao órgão elétrico (em especial os Hammonds, Bentleys e Farfisas) a harmonia dos antigos "conjuntos". Mas a violinha de 10 estava ali, sempre presente, ora nas duplas de cantadores nordestinos, ora nas tradicionais modinhas mineiras, goianas, pantaneiras e paulistas, daquele som sertanejo que a gente não ouve mais.
Muitas décadas antes dessas duplas musicalmente assexuadas de hoje, sim, ouvíamos Pena Branca e Xavantinho, Milionário e Zé Rico, Tião Carreiro, Tonico e Tinoco e tantos outros da velha guarda, além dos mais recentes entre eles o já antológico Almir Sater, que mantém a tradição da viola em terras pantaneiras.
As "guitarras de 12 cordas" também tiveram um sucesso temporário e eram comuns, entre o final dos anos 60, início dos 70, preenchendo junto ao órgão elétrico (em especial os Hammonds, Bentleys e Farfisas) a harmonia dos antigos "conjuntos". Mas a violinha de 10 estava ali, sempre presente, ora nas duplas de cantadores nordestinos, ora nas tradicionais modinhas mineiras, goianas, pantaneiras e paulistas, daquele som sertanejo que a gente não ouve mais.
Muitas décadas antes dessas duplas musicalmente assexuadas de hoje, sim, ouvíamos Pena Branca e Xavantinho, Milionário e Zé Rico, Tião Carreiro, Tonico e Tinoco e tantos outros da velha guarda, além dos mais recentes entre eles o já antológico Almir Sater, que mantém a tradição da viola em terras pantaneiras.
Aqui no Nordeste, comum nas duplas de repentistas do Piauí às Alagoas, no sertão, nas praias, até mesmo nas cidades, o som cristalino das cordas dobradas da viola vai sobrevivendo a duras penas. Em toda a minha vida de músico amador e profissional, eu possuí duas violinhas muito queridas: ambas da marca Rei, a primeira da década de 70, época de ouro do Quinteto Violado recém formado aqui no Recife e a segunda, mais recentemente, que usei até bem pouco tempo, após o que a dei de presente ao meu caro amigo Hamilton Florentino, que tomou-se de paixão para usá-la no seu conjunto Forróviola. Gravei muitas e muitas músicas com essa violinha e gosto de todas..
Uma porém, que fiz exclusivamente para a própria, chama-se "Minha Viola" e foi escolhida, nem sei bem porque, pois é uma música bem simples, ingênua até, para fazer parte do site oficial da "Música de Pernambuco".. Foi uma gravação bem intimista, em que eu fiz as bases com violão, viola de 10 e percussão, e também cantei. Não reparem na simplicidade da letra, nem da melodia, muito menos da gravação. É somente um registro do meu amor por um dos instrumentos queridos, nada mais.
Ouça aqui, no site "Música de Pernambuco", seção "Música Instrumental e Erudita" : http://www.musicadepernambuco.pe.gov.br/artista.php?idArtista=53 ou no Player abaixo:
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