segunda-feira, 25 de julho de 2011

A HISTÓRIA DA MULHER QUE VIROU PÓ

I
Eu vou contar pra vocês
Uma história deprimente
Da mulher que virou pó
Numa vida inconsequente
Procurou felicidade
Em drogas e aguardente
E bebeu de fazer dó
Sem valorizar a voz
Que Deus lhe deu de presente

II

Winehouse, o sobrenome
Da cantora inglesa AMY
Ganhou fama pelo mundo
Fez sucesso, foi reclame
Ganhou montes de dinheiro
Mas torrou tudo ligeiro
No haxixe e na maconha
Heroína e cocaína
Numa vida sem-vergonha

III

Bebia de tudo muito
Pouco pra ela não vale
Cantava cambaleando
E vinha se aguentando
De um ano para cá
Desceu tanto na ladeira
Fazendo tanta besteira
Drogou-se até abusar
E agora virou caveira

IV

Por isso digo a vocês                                              
Não tem drogado sem culpa
Um jovem que se vicia
Não pode inventar desculpa
(Eu não sei, eu não sabia..)
Sabia sim, seu babaca
Porque conselho não ouvia
Buscando só o barato
Daquela falsa euforia

V

Tem barato bem melhor
Pra você achar o rumo
De uma vida bacana
Equilibrada, no prumo
Não vá atrás de "caneiro"
Não fume, pratique esporte
A resposta vem ligeiro
Você se sente mais forte
E estará entre os primeiros

VI

Uma vida sem o vício
Seja lá que vício for
Não é assim tão difícil
Aprenda a se dar amor
A cuidar de você mesmo
Estude, seja decente
Se lhe chamam de "quadrado"
Não ligue, prossiga em frente
Você será premiado !



Recife 25.07.11
Fred Monteiro

2 comentários:

  1. Olá Fred,
    gostei do seu cordel, muito bem pontuado.
    Eu, porém, tenho a dizer que o problema não está nas drogas, mas sim nas pessoas. As drogas existem no mundo desde que o homem comeu a maçã. Não temos que culpar às drogas e sim ao próprio usuário. Não vai ser acabando com todas as drogas que o homem deixará de fazer coisas erradas. Com droga ou sem droga, o destino da Amy, da Janis, da Elis, da Cassia Eller e de tantos outros que se foram, já estava traçado. O que faltou a essas pessoas foi limite e um pouquinho do senso vital - gostar de si mesmo.
    Infelizmente o mundo é assim e do homem sempre podemos esperar por extremos. É da sua natureza (ou não?).

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  2. concordo com você, amigo augusto.. claro que os venenos - como as drogas- existem e devemos evitá-los.. como seres humanos temos que ter discernimento para procurar o caminho da saúde e da felicidade, se possível sem o auxílio de muletas que mais das vezes nos levam a destino oposto.. a intenção desse pequeno cordel não é demonizar nada nem ninguém.. é principalmente alertar aos que ainda não estão de olhos abertos para o perigo dos extremos.. uma coisa é vc degustar um vinho, outra é embriagar-se até perder a noção do que ocorre à sua volta.. claro que outras drogas, que não o álcool são de mais difícil controle, tanto no consumo eventual, como no habitual, creio eu..consumi o tabaco durante alguns anos e tornei-me dependente..livrei-me dessa dependência há 33 anos e fiquei feliz com isso.. gostaria de saber que um dia todas as dependências fossem superadas e as pessoas não mais buscassem nas drogas uma euforia passageira, que se esvai com a saúde física e mental delas !

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