Já mostrei por aqui vários cantores e grupos que tive o prazer de gravar no FSTUDIO.
Hoje trago um grupo de autêntico forró que tive o prazer de produzir. Foi em 2002 e o conjunto se chamava GRUPO ASA BRANCA.
Não sei se eles ainda estão na ativa. Só sei que era uma família inteira, fazendo música puramente nordestina. O pai e a filha são os compositores, sanfoneiros e cantores, o filho e um tio fazem a percussão e vocais.
Gonzaga Félix é o pai, Nilva do Acordeon, a filha. Severino, o filho e Rafael Félix, irmão de Gonzaga. Tive a honra de participar tocando violão e agogô.
A faixa que trago hoje para vocês é uma que eu gosto, em especial. E que cabe muito bem no atual momento político. O nome da música é "Cai Fora!". Acho que muita gente gostaria de oferece-la aos políticos brasileiros ora em posição de mando.
A música fala em traição e "mafiagem", coisas mais do que comuns na atual conjuntura brasileira. Ouvidos atentos à mensagem de Gonzaga e ao seu sotaque sertanejo pesado, às vezes difícil de entender. O ritmo é contagiante: típico forró de latada, como a gente chama. Daqueles de levantar poeira no chão de terra batida Eu disse: o cabra é autêntico mesmo e não faz concessão a esses e erres. Ouçam, dancem e balancem à vontade.
Prezado Fred:
ResponderExcluirPode dar em nada, mas, desde que seja para incomodar um pouco a turma da "mafiagem", toda junção, adesão, coligação, amigação e o cacete a quatro vale a pena.
O forrozinho é bom demais e, é claro, você não tocaria nem uma campainha de porta se ela não fosse boa, sabendo o quanto seletivo e competente é você. Um grande abraço e vamos começar bem, mais uma semana, cheia de fofocas, elucubrações e dores de cotovelo. Ai! Ai!
Inhapoi, Irmã Z! Lula e Dilma vão dançar também, a Deus querer...
ResponderExcluirPense num arrastado de primeira.
ResponderExcluirGostei e muitcho, visse?
Grande abraço, Fred. Tou mei desaparecido, preparando meu terceiro curta metragem a ser gravado no mês que vem.
Marco di Aurélio
Mestre Capeta, tenho certeza de que um dia você ainda abiscoitará (eita terminho véio da pega! ) um
ExcluirOscar da Academia. Nem que seja um Oscarito e nem que a Academia seja a Caririense de Artes !!
Falando sério, sou fã número um desses seus fantásticos vídeos sobre a nossa cultura. Mande brasa, mas volte sempre por aqui e por alhures, seu malassombrado.
Conheço essa família fantástica. Nilza é espetacular no domínio da sanfona. No início do nosso primeiro contato musical, ela era muito teimosa. Ela não sabia os segredos dos mistérios musicais. um certo dia eu a encontrei pelo meu caminho e disse-me que estava estudando teoria e solfejo musical e, falou-me assim: -"Maestro, agora vejo que voce teve toda a razão. O senhor é um dos responsáveis que me fez estudar a música."
ResponderExcluirNessa hora me senti igual àquele personagem saramandaense de Dias gomes. E Nilza está cada vez mais afiada no acordeon.
Hamilton Florentino
É por aí mesmo, Hamilton. Gravei naquele estúdio muita gente de primeira, mas às vezes sem a mínima noção de teoria musical. O que prova, também, o destino do nosso povo nordestino para as artes. Avalie se a gente ainda tivesse (agora precariamente já se recomeçou) o ensino de Música, tal como eu alcancei no meu curso ginasial. Só que, mesmo naquele tempo (fins dos anos 50, início dos 60) a Música já não era mais levada a sério na grade de ensino. Uma pena. Fui aluno do Maestro Isnard Mariano, grande pianista. Também o Maestro Barkokebas, brilhava no ensino da Música. Uma pena que, como tudo no Brasil, esse lapso de mais de quarenta anos no ensino da Teoria Musical e Solfejo (antigo Canto Orfeônico) vai representar - sempre - um atraso secular nas pobres mentes infanto/juvenis de hoje, cpompletamente alienadas em matéria musical, mas avançadíssimas em outras "artes" a exemplo de sexo, drogas e rock'n'roll.
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