sábado, 2 de fevereiro de 2013

CORDELARIA MONTEIRO

Cordéis - minha nova mania definitiva
Tem gente que pensa que eu só acumulo manias.  Pode até ser verdade. Mas eu penso que minhas manias têm durado a vida toda. Foi assim com a música, que começou aos 8 anos de idade, quando Tia Mary me deu uma gaita cromática de presente. Nunca mais parei de tocar (mal, diga-se de passagem) vários instrumentos (daí no nome deste Blog).
Viagens, campismo, turismo ecológico, trilhas, caminhadas, natação, corridas e bicicleta, nem conto mais como manias.  Tudo isso faz parte, desde sempre, da minha vida. É escolha mesmo, de um estilo de vida que pratico, curto e propago.  Quem me conhece de perto, sabe  disso.  E não abro mão, há dezenas de anos.  Só abri mão, nesse ponto, de uma péssima mania: fumar.. isso eu larguei em 1978, pra nunca mais voltar. 
Com a fotografia, comecei também ainda muito pequeno, quando meu Pai me deu de presente uma câmera (não tenho certeza mais se era Agfa ou Kodak) modelo caixão.  Idem com o cinema Super-8 e depois o Vídeo ( isso desde 1970).
Literatura talvez seja a mais recente, pelo menos considerando a impressão do primeiro livrinho de crônicas (1980), outro de poemas e crônicas (2002) e mais um de crônicas (2008).
Pois dentro dessa última "mania", inclui há um ano a chamada "Literatura de Cordel".  Comecei devagar, pé-ante-pé, pisando em ovos, porque o terreno é movediço, escorregadio. Ao mesmo tempo, íngreme.  São tantos modos, tantas regras, tanta coisa por estudar e aperfeiçoar, que muita gente desiste logo de início.  Atinge-se muito menos pessoas com o Cordel do que com outras modalidades literárias. 
Mas, apesar das dificuldades, é gratificante encontrar a rima certa, manter a cadência e métrica corretas, encontrar o caminho para desenvolver bem qualquer tema, e, principalmente, viver o Cordel como ele pode e deve ser vivido.  
Como uma forma remanescente de poesia medieval, como se fôssemos um trovador dos caminhos ibéricos, um contador de histórias, um humorista sarcástico, um narrador de romances de cavalaria... Assim o fizeram e fazem os nossos grandes trovadores e poetas nordestinos, já consagrados no meio, muito embora, mais das vezes, ilustres desconhecidos do grande público consumidor de literatura.  Não por ignorância, mas por falta de maior divulgação do Cordel nos grandes centros urbanos.  Em áreas rurais, por incrível que pareça, principalmente nos Estados mais pobres do Nordeste, o Cordel é, muitas vezes, a CARTA DO ABC de centenas, milhares, dos nossos conterrâneos.  Na foto, meus primeiros e recentes cordéis editados. Quem quiser conhecê-los deixe seu email ou endereço na área de comentários, para que possamos combinar forma de envio (impressa ou eletrônica).

4 comentários:

  1. Querido Irmão

    Você não tem manias,Você tem dons.Todos os segmentos onde transita com tanta maestria permeados de sentimentos especciais, são dádivas para poucos seres iluminados. Somos orgulhos de toda arte que você nos presenteia.Aquele abraço. Leninha

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  2. Leninha, vc sim, é Mestra em Letras por formação e por talento. Eu sou um aprendiz (e dos menores). Bjo.

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  3. Fred,

    Vou esperar pra ver a organização do miolo.
    As capas estão chamativas.

    Abs
    Marco di Aurélio

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  4. Apois tá certo meu amigo Marco.. Respondi por zémei e confirmo aqui: vou te mandar de hj pra amanhã, pra sua leitura e apreciação ! Abrs

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