domingo, 20 de maio de 2012

O RECIFE AINDA É VERDE

Da Índia para o Poço da Panela - azeitonas ou jamelões

Verde e calmo. Dentro do possível, claro.
Ao lado da minha nova varanda, há uma azeitoneira povoada de pássaros de toda espécie.

Para quem não sabe, a azeitoneira a que me refiro é um pé de Jamelão, ou jambolão.
Aqui no Nordeste é conhecido como azeitona preta, esse fruto delicioso que já me lambuzou as roupas, para desespero de minha mãe, quando eu era menino, e pintou de roxo minha língua de moleque do Poço da Panela e de Casa Forte.

Pois durante 31 anos morando no Poço da Panela (entre 1955 e 1973, (com meus pais) e entre 1977 e 1991, (na minha primeira casa, um pequeno duplex que comprei pouco depois de casar), alimentava sempre o desejo de voltar ao Poço.

E voltei. Como diria Roberto Carlos, voltei para ficar, pois aqui, aqui  é o meu lugar...

Sabiá, um canto e tanto !

Por outro lado passei exatos 21 anos morando em Casa Forte, bem junto à Praça e atrás da Matriz (um endereço bem comum em vilazinhas do interior.  Toda cidadezinha pelo Brasil afora tem uma praça e uma igreja, não é mesmo?.

Socorro-me da Wikipedia, para resumir o Poço da Panela:

Eu te vi  (e te ouvi, também !)

“O Poço da Panela surgiu por volta do séc.XVIII, pertencia as terras do Engenho Casa Forte. No início era um simples povoado em meio às grandes plantações de cana-de-açúcar, porém a partir de 1746 este perfil começou a ser modificado. Naquele tempo uma grande epidemia possivelmente de cólera) tomou conta do Recife e alguns médicos divulgaram que os banhos, durante o verão, no trecho do Rio Capibaribe que banhava a povoado, eram um milagroso remédio no combate à doença. A notícia se espalhou muito rápido e fez com que essa região começasse a ser frequentada pelos ricos do Recife, que logo construíram ali casarões de veraneio. O povoado cresceu e em 1772 ganhou uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Saúde.”

Hora do lanche do frei-vicente (Tangara cayana)
Mas, o que me interessa hoje, em meio à paz desta manhã de domingo, é mostrar para vocês essas fotos dos meus vizinhos de moradia.

Na paz verde do Poço

Eles na azeitoneira, eu na varanda, câmera na mão, atento à folhagem, coisa de um mês atrás, bisbilhotando suas vidas simples e felizes.

Então, flagrei-os na hora da refeição ou dos ensaios de canto: freis-vicentes, bentevis, sabiás,  estão aqui presentes.  Mas eu já presenciei ariscos sanhaços, sibitos, bicos-de-lacre, um gaviãozinho amarelo, um bando de maritacas (essas somente voando por perto, no seu alarido característico) e um carcará que toda tarde aparece no teto do bloco vizinho.

(Agradeço ao Professor Galileu Coelho, Ornitólogo, pelos ensinamentos preciosos sobre os pássaros de Pernambuco)

9 comentários:

  1. O Poço esta mais belo e mais rico com sua presença que mal chegou já desmanchou as malas para delas tirar equipamentos que registram cotidianos flagrando o que nossos olhos nus não conseguem presenciar e através de sua lentes e fleches registram com técnica e poesia momentos tão lindos.
    Sei que estas foram as primeiras de muita postagem que virão, com seu talento e sensibilidade teremos muito que ver!
    Parabéns e seja bem vindo!
    O Poço o recebe de braços abertos!
    Beijos
    Dulce

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  2. Que maravilha. O típico lugar que qualquer poeta sonharia para se inspirar e por que não dizer, terminar seus dias, rodeado de belezas naturais, sentindo a alegria e a saudade dos tempos de outrora. Parabéns, Fred, pela nova morada.

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    1. Paulo, meu camarada.. Durante os 7 anos que o Vitória-Régia saiu, era no Poço da PAnela, defronte à Igreja de N Sra da Saúde e da casa de José Mariano, que o Bloco tinha sua apoteose. E como nós nos orgulhávamos dessa homenagem ao Abolicionista e ao Escravo, que estão lá imortalizados num belo bronze !

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  3. Felicidades na nova moradia, Fred & Edla. O Poço da Panela está mais feliz com a volta do filho saudoso. Seus vizinhos são lindos!
    Fernando Ramos

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    1. Meu caro Professor FErnando. Voltar é sempre bom. E além de voltar pro Poço, em breve estarei voltando para as nossas aulas de Inglês.. Logo que Theo deixar, hehehe.. Grande abraço e volte sempre por aqui também !

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  4. Eu jamais consegui esquecer o Poço, Duduis. Tanto a Luiz Guimarães, como a Soares de Azevedo, onde morei ao todo, 31 anos. Sem desmerecer os ótimos dias de Casa Forte (afinal foram mais 29 anos entre a Ada Vieira, a Ferreira Lopes e a Jerônimo de Albuquerque). Mas agora posso me orgulhar de dizer de novo: eu moro no Poço !

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  5. Deve ser lindo esse lugar amigo... pretendo conhecer. Abraços saudosos à vc e Edla.
    Cleia/Fpolis

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  6. E é, Cléia ! E a gente vai ficar muito feliz quando vc vier por aqui.. Abração a todos !

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  7. Felicidades!As fotos são de quem gosta muito do que faz!Sempre os bons momentos!E não deixando de prestigiar as belezas da sua região!Pretendo conhecer um dia.
    Abração a todos! Egon!
    blogcaminhaodebrinquedo.blogspot.com

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