Não sei ao certo a idade destas fotos. Só sei que foi um dos melhores presentes que recebi do meu amigo José Otamar de Carvalho, Engenheiro Agrônomo residente em Brasília-DF, apaixonado pelo Nordeste e pelas Artes em geral. Otamar é contraparente, por ser casado com minha prima Ana Maria. Elas representam muito para mim, porque são a única lembrança que tenho de um instrumento muito querido: meu primeiro instrumento musical, uma das pioneiras guitarras de corpo maciço, chegadas ao Recife. Comprei-a no ano de 1964, na Casa Publicadora Batista.
Já falei sobre ela numa crônica neste Blog. Aqui: http://www.seteinstrumentos.com/2011/01/violoncello.html
Otamar e Ana estavam nos visitando na casa do meu pai, em Casa Forte. Ele, que gosta muito de música, fez questão de posar com a guitarra. Outra prima, a Margarida, estava com meu violão e eu, na falta de outro instrumento, apareço tocando ... uma pá !
Além de antigas, a fotos me remetem aos tempos de solteiro, quando eu ainda sonhava em formar um conjunto musical e dar trabalho àquela guitarra, que também por pesada demais que era, me causou uns problemas de coluna.
Tive várias e excelentes guitarras, antes de trocar de instrumento, deixando-as pelo órgão elétrico, esse que hoje chamam genericamente de “teclado”. Uma pena, pois eu gostava demais das minhas magrelas: essa Gianinni; mais outra da mesma marca, modelo Sonic; uma outra que era réplica da Gibson LesPaul semiacústica e por fim, uma muito linda e sonora, a Phelpa Apache.
Por outro lado, as fotos também me fazem lembrar a velha casa em que passei boa parte da minha vida, com meus pais e irmãos, num bairro que era quase uma cidadezinha de interior. Infelizmente, a falta de espaço urbano foi nos tirando a beleza suburbana de Casa Forte e do Poço da Panela, à medida em que cresciam o Recife, sua população e seus problemas.
Ei, Fred,
ResponderExcluirQuase completa a sua reconstituição. Isto porque a cunhada que posa com o violão acústico é a Margarida. No mais, tudo certo.
Essas fotos são de 1966, quando eu já morava em Casa Amarela, para onde me mudei, depois de uma grande enchente, que me fez sair da Ilha do Leite.
Imagino os movimentos que você fez, passando de um a outro instrumento. Na época, você já tocava bem. Depois, virou compositor e outras coisas mais na música, antes de ser advogado, procurador, etc. Ao deixar isso, voltou aos instrumentos e à música. Fez isso muito bem.
Quanto a mim, passei vários anos sem pegar no violão. Voltei a ele, bem depois. Toco hoje apenas para me divertir. E quando estou a tocar, pode ficar certo, é porque estou com a cabeça boa, livre.
Esses momentos são muito bons.
Grande abraço, OC
Que lindo CF sem os prédios!:)
ResponderExcluirOtamar, vc é fera mesmo ! Enganei-me quanto à prima Margarida, tão querida quanto a Maria Tereza, que também nos fez uma visita, anos depois. Agora lembro, graças à sua memória. Lembro também dos dias que passamos na sua casa na Ilha do Leite, quando vc e Ana viajaram (acho que para o exterior) e ainda dessa sua mudança para Casa Amarela. E fico feliz em saber que vc continua firme no violão. Música é tudo !
ResponderExcluirPost delicioso, e que foto maravilhosa! Fernando Ramos
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