segunda-feira, 9 de maio de 2011

VAMOS DANÇAR CIRANDA !

Nunca mais ouvi falar em ciranda...   nem em Dona Duda do Janga , com sua ciranda, nas noites de luz e de lua.. ou em Lia de Itamaracá, com seu sorriso aberto e seu dançar feliz..   E, de repente deu uma saudade daquela brisa, daquelas palhoças, do caldinho de peixe, da agulha frita, das rodas de ciranda nos anos 70, tão em moda, que atraiam turistas do Brasil inteiro e onde a gente se irmanava numa grande roda a cantar e dançar noite/madrugada adentro.. Inspirado nessas noites e nesse ritmo tão gostoso e tão praieiro, escrevi uns versos que agora passo pra vocês.

CIRANDA DO MAR DA VIDA

Sou cirandeiro por destino e sorte
no mar da vida nasci pescador
Se na jangada eu desafio a morte
No coração eu vivo sem amor

(Ah, morena, dos olhos verdes do Mar
Tu não tens pena desse jangadeiro ?
Sem rumo e Norte ele vai se afogar..)

No Mar da Vida tem areia e água
e só tem mágoa quem não sabe ver
Mas na ciranda eu vou tirando loa,
pois a vida é boa e é pra se viver

Sou cirandeiro por destino e sorte
No mar da Vida sei que vou morrer
Enquanto isso eu vou tirando loa
Pois a vida é boa e é pra se viver

Musiquei logo em seguida esta ciranda, que gravei acompanhando-me ao violão, com o arranjo brilhante do trompete de Bruno Dias e a percussão do Mestre Márcio Carvalho, do Maracatudo Nação Camaleão, um dos melhores e mais autênticos grupos do Recife e Olinda. Fazendo coro comigo, a voz mais linda do Recife, que só podia ser a de Tatiana Monteiro, minha filha querida e companheira de arte.   Posteriormente, num arranjo mais livre, foi gravada pela extraordinária Maria DaPaz, que fez um pot-pourri da minha ciranda com uma toada belíssima de Dorival Caymmi, "Morena do Mar".. Essa gravação é a primeira faixa do CD "Da Cor Morena" de Maria DaPaz, uma das vozes mais doces e afinadas do Brasil..  Deixo abaixo, para vocês conhecerem (ou relembrarem) o áudio com a minha gravação e o link para um vídeo com um clipe de show de Maria DaPaz, a querida Pazinha, dando um banho de voz e de interpretação.









3 comentários:

  1. Queria ser poetiza,
    Das boas, pra não decepcionar,
    Dizer em versos e prosas
    Coisas lindas pra encantar
    Mostrar ao mundo o grande poeta
    Que é este meu irmão
    Mas, pra que?
    Nem precisa!
    Todos já sabem,
    Tens o Coração Recifense,
    Que o Sol na Moleira só melhorou,
    Vives como Mascate das Ilusões
    Fazendo Das Flores novas canções!
    Tocando 7 instrumentos que mais de 8000 já visitou!
    Dudis

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  2. Que legal a história da composição! Conheci sua música no Podcast da Tecnicolor (http://tecnicolor.art.br/2011/08/podcast-tecnicolor-%E2%80%A2-inverno/), achei muito boa e fui buscar mais sobre seu trabalho.

    Abraços!

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